
O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à Rede Record nesta segunda-feira (31/1), que faltou ao depoimento na Polícia Federal por orientação do advogado-geral da União, Bruno Bianco.
“Seguindo orientações do AGU. Tudo que foi tratado com esse advogado que nos defende, eu cumpri à risca. E o plenário do STF [Supremo Tribunal Federal] vai decidir essa questão”, disse o presidente na entrevista exclusiva.
O ministro Alexandre de Moraes determinou, na última quinta-feira (27/1), que o presidente comparecesse à sede da Polícia Federal na sexta-feira (28/1), às 14h, em Brasília, para prestar depoimento no inquérito do STF que investiga o vazamento de informações sigilosas sobre as investigações do suposto ataque de hackers às urnas eletrônicas em 2018. Moraes também determinou o fim do sigilo dos autos.
Bolsonaro não compareceu para prestar depoimento no inquérito 4878. O ministro negou recurso do presidente para não comparecer à sede da PF.
“A decisão [de não ir ao depoimento] foi do advogado. Sigo essa orientação. Afinal de contas, com todo respeito, melhor do que discutir com vocês da mídia é discutir nos autos [processuais]”, afirmou Bolsonaro, que disse que o inquérito “sempre foi ostensivo”.
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Na entrevista, Bolsonaro falou sobre a composição de sua chapa nas eleições deste ano. Ele declarou ter fechado acordo com Valdemar Costa Neto, presidente de seu partido, o PL, para a escolha do vice. A indicação, afirmou o presidente, será de um nome do meio político.
“A gente vai escolher aos 48 [segundos] do segundo tempo, porque se escolher agora causa turbulência. Tem algumas pessoas que estão esperando serem convidadas, e a decisão, acertada com o presidente do PL, o Valdemar, é que eu escolherei”, declarou Bolsonaro.
O presidente também salientou que vai “esperar um pouco mais”, por querer passar “algumas coisas” no Congresso. “E não pode ter turbulência. Uma dessas questões é a PEC [proposta de emenda à Constituição] dos combustíveis”, acrescentou.