

Dois medicamentos contra angioedema hereditário receberam aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Ministério da Saúde, para uso na rede pública. A decisão, tomada em reunião na última quinta-feira (9/11), seguiu para a chancela da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics).
O primeiro remédio é o inibidor de C1 esterase derivado de plasma humano. Enquanto a versão intravenosa é indicada para tratar crises dessa doença rara em pessoas a partir de 2 anos, a subcutânea se destina a preveni-las. Já o segundo é o acetato de icatibanto contra crises agudas de angioedema hereditário em adultos com deficiência do inibidor.
Na mesma reunião, a Conitec barrou o uso de ravulizumabe contra Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) a partir de 14 anos. A análise era para pacientes que nunca haviam passado por tratamento ou que tiveram uso prévio de eculizumabe. Agora, vai à consulta pública.
O Comitê de Medicamentos da Conitec também se reuniu na última quarta-feira (8/11), quando deu uma série de negativas. A única aprovação foi para o omalizumabe para asma alérgica grave não controlada mesmo com corticoide inalatório (CI) junto a um beta2-agonista de longa ação (LABA). A dosagem é de 75mg, na versão injetável.
A comissão, por exemplo, barrou o durvalumabe contra câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estágio III irressecável, sem progressão após a terapia de quimiorradiação à base de platina. A decisão se estende ao infliximabe, pela via subcutânea, para adultos com doença de Crohn (DC) — também rara — moderada a grave em casos com resposta inadequada a tratamentos convencionais e ao mepolizumabe 100 mg/mL contra eosinofílica grave refratária em pessoas de 6 a 17 anos.
Todos seguem para consulta pública. Depois, retornam para deliberação da Conitec