A mais recente rodada da pesquisa eleitoral encomendada pela plataforma de investimentos Genial à consultoria Quaest indica que a avaliação positiva da atuação do governo Bolsonaro subiu dois pontos em relação ao levantamento anterior, atingindo agora 24%. Reciprocamente inversa, a negativa também declinou dois pontos, e agora é de 49% A avaliação regular ou neutra ficou na mesma posição: 25%. A pesquisa Genial/Quaest fez duas mil entrevistas presenciais (face-a-face) entre 10 e 13 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra. A pesquisa também mediu as intenções de voto para presidente em 2022.
Em um dos recortes produzidos pela pesquisa é possível compreender que a queda recente nos índices de rejeição do governo está associada, em parte, ao pagamento mensal do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família). Os números mostram que entre os eleitores que recebem o benefício a avaliação negativa do governo passou de 45% para 23%. O que representa uma redução de 22 pontos percentuais neste grupo. Mesmo em um período marcado pela alta dos combustíveis e inflação.
A melhora gradual da percepção dos brasileiros sobre a atuação do governo, produz reflexos nas intenções de voto do presidente. Felipe Nunes, CEO da Quaest, analisa que agora há dois movimentos simultâneos: “Primeiro, eleitores de baixa renda que votaram em Bolsonaro em 2018 e passaram a receber o Auxílio Brasil estão mais otimistas com o governo. Segundo, eleitores de renda média que não acreditam mais na vitória da terceira via, estão voltando para o colo do presidente. Se a tendência se mantiver, Bolsonaro pode continuar crescendo no vácuo deixado pela terceira via”.
Os números da pesquisa eleitoral para presidente em 2022
Na pesquisa eleitoral, a resposta estimulada aferiu que Lula se mantém com 46% e Bolsonaro passa de 24% a 26%. Sergio Moro passou de 8% para 6% e Ciro Gomes permanece com 7% das intenções de voto.
Já na pesquisa espontânea, em que não são apresentados nomes de possíveis candidatos aos eleitores, o número de indecisos permanece alto, com 48%. A soma das declarações de voto espontâneo em Lula perde um ponto, passa de 28% a 27% nessa rodada. Por outro lado, as declarações de voto espontâneo para Bolsonaro crescem três pontos e passam de 16% a 19%.
A pesquisa eleitoral também sondou a intenção de voto entre os apoiadores de Moro em caso de um segundo turno: 34% votariam em Bolsonaro e 26% optariam por Lula. Outros 38% preferem votar em branco ou nulo. A mesma hipótese foi colocada para os eleitores de Ciro Gomes: 52% votariam em Lula, enquanto 22% dizem que poderiam votar em Bolsonaro. Outros 22% preferem votar em branco ou nulo.
Nos cenários de segundo turno testados no levantamento, Lula permanece com 54% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro ganha dois pontos e passa de 30% para 32% agora em março.