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Transição

Com fama de pragmático e admirador de Galbraith, Haddad é Lula na economia

Ex-prefeito de São Paulo é visto como alguém que coloca a lealdade ao chefe acima dos seus projetos pessoais

  • Fabio Graner
  • Fábio Zambeli
09/12/2022 15:32 Atualizado em 09/12/2022 às 20:39
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Fernando Haddad
Fernando Haddad. Credito: Adriano Machado
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Apesar do ranger de dentes do mercado financeiro, Fernando Haddad foi formalizado nesta sexta-feira (9/12) para o renascido Ministério da Fazenda. A indicação é repleta de simbolismos, mas o mais importante deles é que o novo chefe da economia é mesmo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, Haddad é da estrita confiança do líder petista, gozando de prestígio e admiração junto a ele, e visto como alguém que coloca a lealdade ao chefe acima dos seus projetos pessoais.

Além disso, o ex-prefeito paulista, embora não seja um militante de “igrejas” econômicas, é claramente simpático às teses keynesianas, que embasam a escola desenvolvimentista no Brasil. Ou seja, o plano econômico de Lula está naturalmente personificado no seu indicado para o bloco P da Esplanada dos Ministérios, onde esteve na última quinta-feira para conversar com o atual titular, Paulo Guedes.

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Além de Keynes, Haddad é um admirador de John Kenneth Galbraith, o famoso economista canadense-americano ligado ao partido democrata e que tem como uma de suas frases mais famosas uma ode ao pragmatismo: “Eu reajo pragmaticamente. Onde o mercado funciona, eu sou a favor. Onde o governo é necessário, eu sou a favor. Desconfio profundamente de alguém que diz: ‘Sou a favor da privatização’ ou ‘Sou totalmente a favor da propriedade pública’. Sou a favor de qualquer coisa que funcione no caso particular”, dizia o famoso economista, morto em 2006, mesmo ano em que faleceu seu rival Milton Friedman, ícone liberal e mentor do atual titular da economia brasileira, Paulo Guedes.

Pessoas que conhecem bem o futuro ministro apontam que ele está longe de ser um radical, como costuma ser percebido na Faria Lima. Ainda que tenha opiniões sólidas sobre a necessidade de se usar o estado para enfrentar prioritariamente a pobreza e de sua visão sobre a importância de alavancar os investimentos também com recursos públicos, é também alguém que foi crítico aos exageros expansionistas e intervencionistas do governo Dilma Rousseff e que adora lembrar que deixou as finanças da Prefeitura de São Paulo em ordem e com caixa para o seu sucessor.

A passagem dele na capital paulista, aliás, tem sido lembrada também por um pragmatismo na gestão das contas públicas e algum rigor nos gastos, o que gerou perda de popularidade e desavenças com a base petista na Câmara Municipal na ocasião.

Não à toa, diante desse quadro, Haddad alimentou a percepção de que falhou na articulação e na interlocução política com o Legislativo, que carrega até hoje e custou-lhe a reeleição.

O ex-prefeito manteve percentualmente o nível de investimento da gestão anterior, de Gilberto Kassab, numa conjuntura de menor receita. Para se ter uma ideia, no primeiro ano de mandato, arrecadou R$ 10 bilhões e investiu R$ 6,2 bilhões. No último ano, 2016, arrecadou R$ 7,1 bilhões e investiu R$ 3,9 bilhões.

Há quem aposte que, apesar de sua participação na costura da PEC da Transição com valor mais alto do que o mercado e que economistas da transição de governo achavam ideal e necessário, o novo ministro deve começar mais prudente e cauteloso na gestão fiscal. Um registro, aliás, ele foi um dos maiores defensores da inclusão do dispositivo que obriga o envio de uma proposta de novo arcabouço fiscal por lei complementar até agosto de 2023.

Fontes destacam também que ele teria um estilo de tentar buscar soluções inovadoras para alguns problemas. A estratégia seria de lançar um conceito para discussão, teria capacidade de ouvir diferentes opiniões, para então negociar e construir uma proposta.

Por conta disso, apostam que a composição de seu ministério deve ser eclética, e não só de uma corrente de política econômica mais à esquerda. Nesse sentido, um dado relevante é que Haddad escolheu na prefeitura um técnico, egresso da iniciativa privada, para a Secretaria de Finanças –Marcos Cruz estava na consultoria McKinsey e foi escalado pelo petista no início do mandato, em 2013.

Mesmo assim, não deve haver dúvida de que Haddad pretende ter uma ênfase importante na questão social, que foi basicamente a tônica das promessas da aliança lulista na campanha deste ano. Nesse sentido, vale lembrar de um detalhe importante: sua promessa de aumento do salário mínimo do estado de São Paulo durante a disputa ao governo. A restrição fiscal pode até limitar o tamanho, mas a direção é de priorizar ganhos reais de assalariados, sobretudo os de menor renda.

O ex-ministro da Educação, segundo interlocutores, também tenta olhar os problemas de maneira interdisciplinar, o que tem a ver com sua formação de graduado em direito, mestrado em economia e doutorado em filosofia. Além disso, teria aprendido muito com suas experiências políticas, não só como ministro e prefeito, mas também nas campanhas em que foi derrotado, inclusive a presidencial de 2018, quando cumpriu missão dada por Lula.

Haddad fez a renegociação da dívida do município com a União, derrubando-a de R$ 72 bilhões pra R$ 28 bilhões, além de mudar seus indexadores.

Agora terá um grande desafio de tentar colocar em marcha o programa econômico de Lula sem deixar a já elevada dívida brasileira sair do controle. Nesse sentido, certamente não vai atuar só do lado da despesa e já deixou claro que enxerga a discussão do novo arcabouço como dependente dos rumos da reforma tributária, prioridade número um para a gestão da economia.

Dessa forma, é sempre bom olhar para o passado. Do ponto de vista da arrecadação, a principal derrota quando ele era prefeito de São Paulo foi a tentativa de implementar a progressividade na cobrança do IPTU, altamente impopular, e os reajustes do ITBI. O aumento do IPTU foi derrubado na Justiça e teve alto custo político para o petista.

Antes de ser eleito prefeito, Haddad já havia passado pela administração municipal, como auxiliar do então secretário de Planejamento João Sayad na gestão da correligionária Marta Suplicy. E, como chefe de gabinete de Sayad, foi um dos idealizadores da taxa de limpeza urbana, que derrubou a aprovação popular da então prefeita e rendeu a ela o apelido de “Martaxa”.

Certamente o ex-ministro está de olho em 2026 como possível sucessor de Lula – se ele efetivamente cumprir sua promessa de não se candidatar à reeleição. Na Fazenda, pode ter uma grande alavanca para aumentar suas chances, se tiver sucesso na condução da economia. Ele começa o trabalho com a má vontade de um setor importante com o qual terá que lidar diuturnamente e que pode complicar muito os resultados que quer entregar. Também terá o desafio de dizer não ao seu chefe em algumas ocasiões, uma das funções básicas do posto. A ver se fará mesmo jus à fama de pragmático que seus aliados tanto dizem.

Fabio Graner – Analista de economia do JOTA em Brasília. Foi repórter e colunista de economia no Valor Econômico e também atuou no Estadão, DCI e Gazeta Mercantil, com mais de 20 anos de experiência, incluindo setor público. E-mail: [email protected]
Fábio Zambeli – Analista-chefe em São Paulo. Jornalista com 28 anos de experiência em cobertura política e dos Três Poderes em São Paulo e Brasília. Foi repórter e editor da Folha de S. Paulo e diretor de inteligência e atendimento na área pública da FSB Comunicação. Email: [email protected]

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Tags Fernando Haddad Governo de Transição IF JOTA PRO PODER Lula

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