CONTEÚDO PATROCINADO

Logística reversa de lubrificantes demonstra o pioneirismo do setor na agenda ESG

Segmento reciclou 51% do lubrificante usado ou contaminado em 2022, acima da meta definida pelo Ministério do Meio Ambiente

Foto: Unsplash

O desenvolvimento econômico atual é baseado em um processo linear. Grosso modo, ele consiste em retirar insumos da natureza, manufaturar produtos em massa e jogar uma grande parte deles fora, como lixo, frequentemente após um único uso. Esse modelo linear de produção tem testado os limites físicos do planeta, e consequentemente, a estabilidade do nosso futuro. 

A economia circular tem o propósito de desvincular o crescimento econômico do consumo de recursos virgens, eliminando o sistema “tirar-fabricar-dispensar” que estamos acostumados.

O setor de lubrificantes brasileiro – pioneiro na utilização do conceito da economia circular no âmbito da indústria de óleo e gás – vêm promovendo ações de circularidade que ajudam a sociedade a enfrentar os desafios da transição energética, além de endereçar importantes questões sociais, aspectos cruciais da agenda ESG.

As ações de logística reversa de lubrificantes usados e de embalagens plásticas, fazem do Brasil uma referência mundial. 

O segmento já realizava o recolhimento, a coleta e a destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado (conhecido como OLUC) antes mesmo da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei 12.305/2010.

E, após a publicação da legislação, foi o primeiro seguimento a celebrar um acordo setorial com o governo federal para o reaproveitamento de embalagens plásticas, o que demonstra o comprometimento histórico do segmento com a agenda sustentável.

O Brasil possui normas rígidas para o tratamento, destinação e o reaproveitamento do óleo usado e uma ampla rede de atores responsáveis por manter essa economia circular em funcionamento.

Neste sentido, vale destacar o valor econômico que o resíduo possui e sua importância para o desenvolvimento de uma cadeia cada vez mais sustentável. Atualmente, há 27 empresas coletoras, sendo 14 rerrefinadores, gerando centenas de empregos.

O processo de logística reversa não é simples: o lubrificante usado ou contaminado é segregado pelos geradores daquele resíduo e coletado por agentes autorizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Na sequência, o produto é levado para bases de armazenamento dos rerrefinadores, onde é submetido ao processo de rerrefino a partir do qual se obtém novamente o óleo básico, matéria prima essencial na produção do óleo lubrificante acabado (denominado OLAC) – esta é a destinação prioritária estabelecida pela Resolução Conama 362/2005. 

Os desafios são ainda maiores quando se considera as dimensões continentais do Brasil, e a demanda dispersa do produto, uma vez que os lubrificantes são necessários em praticamente qualquer atividade produtiva (direta ou indiretamente) e, portanto, consumidos em todo o território nacional.

No entanto, o setor vem, ano após ano, superando as metas de reciclagem definidas pelo Ministério do Meio Ambiente. Em 2022, foi feita a reciclagem de 51,4% do lubrificante usado ou contaminado, ante a meta estabelecida para recolhimento de OLUC de 45,5%. 

Nos processos de rerrefino, que é o destino para o óleo usado coletado, como o de hidrotratamento, aproximadamente 70% do OLUC é reaproveitado, se transformando em óleo básico utilizado para a fabricação de novos lubrificantes. 

Além disso, é feita a coleta e reciclagem das embalagens plásticas. Segundo o Relatório de Desempenho Anual de 2022 do Instituto Jogue Limpo, a cada tonelada de plástico coletado se evita que o equivalente a 20 mil embalagens de um litro de óleo lubrificante seja depositado inadequadamente no meio ambiente.

Ações como estas, que visam reduzir emissões de gases de efeito estufa e a geração de resíduos, estão totalmente alinhadas aos anseios da sociedade por um futuro mais sustentável e aos compromissos assumidos pelo país em acordos internacionais.

Estima-se que o crescimento da classe média global deve dobrar até 2030, com aumento substancial da demanda por produtos intensivos de recursos. Nos padrões atuais de consumo, até 2050 seriam necessários três planetas para atender a demanda de recursos. Isso mostra o quanto o atual modelo linear é insustentável. 

Por essa razão, buscar novas formas de gerenciar os recursos que produzimos e, principalmente, consumimos é fundamental. Ou seja, repensar a forma como a sociedade consome e descarta os produtos é uma necessidade premente.

A indústria brasileira de lubrificantes tem contribuído decisivamente para essa mudança, mostrando por meio de investimento em tecnologias, soluções inovadoras e comprometimento socioambiental que é possível atender os consumidores com produtos mais sustentáveis e em sintonia com as metas de descarbonização da economia.

Ao assumir tais compromissos, o segmento de lubrificantes cumpre um importante papel de desenvolvimento sustentável, que vai além da já relevante responsabilidade de fazer a economia girar, abastecer com eficiência diferentes setores industriais e o setor de transporte e contribuir para o bem-estar da sociedade.