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A jornada da Unipar até se tornar referência em compliance e governança

A companhia revisou seu programa de compliance e engajou da alta liderança às fábricas em poucos anos

Fábrica da Unipar | Foto: Ricardo Telles/ Divulgação Unipar

O que demonstra que um ambiente corporativo é capaz de prevenir, detectar e remediar possíveis atos de corrupção, fraude e outras violações de ética?  Políticas de compliance e governança podem ser indicadores para essa resposta – mas desde que saiam do papel e se tornem parte da cultura da empresa. A Unipar conseguiu isso ao consolidar, a partir de 2019, uma revisão completa do seu Programa de Compliance. 

Agora, a líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC da América do Sul é reconhecida pela Controladoria Geral da União (CGU) como empresa Pró-Ética 2022-2023. A Unipar conta então com um selo que atesta que suas iniciativas em compliance são eficazes.  

O objetivo da CGU é fomentar que as empresas adotem voluntariamente medidas de integridade, ética e transparência, o que exige a implementação de um programa de compliance sólido e abrangente.

As empresas inscritas precisam responder (e comprovar) quais medidas são adotadas em dez áreas, como comprometimento da alta administração da empresa; comunicação e treinamentos, bem como indicadores do canal de denúncia e transparência na relação com a administração pública.

Após as meticulosas avaliações por um comitê, os resultados desta edição foram divulgados em novembro. 

“Conquistamos o reconhecimento como empresa Pró-Ética pela primeira vez, o que foi uma grata surpresa, mas isso é fruto de um trabalho consistente que não é de meses, mas de anos. Para chegarmos nesse nível de governança da companhia, revisamos o Código de Conduta, elaboramos políticas específicas, como a de Anticorrupção e de Conflito de Interesses, dentre outras ações. Percebemos que o investimento em compliance é muito importante para nós e já faz parte do cerne da companhia”, conta Humberto Rapussi, head de Auditoria Interna, Controles Internos e Compliance da Unipar. 

Mas como isso foi possível? O reconhecimento recebido pela Unipar reflete os avanços da companhia nos temas de governança e compliance ao longo de anos. Nas ações desenvolvidas pela empresa, alguns pontos ajudam a justificar o reconhecimento da CGU. 

Os programas obrigatórios devem atingir seus objetivos e passar a fazer parte da cultura da empresa

O primeiro ponto diz respeito à mudança na estrutura e consolidação da cultura da empresa – o que, com a medida adequada de esforço, pode se dar em poucos anos. 

Ana Paula Clemenc Alvarez, gerente corporativa de compliance na Unipar, conta que em 2019 a empresa criou a área específica de compliance, que passou a ser responsável pela revisão do programa de governança corporativa que já existia. Documentos como o Código de Conduta e o próprio canal de denúncias, que já existiam desde 2015, foram completamente revisados

“Em 2021, um novo programa foi aprovado pelo Conselho de Administração, o que inclui a criação de um novo Código de Conduta, Política Anticorrupção, Política de Conflito de Interesses e Política de Responsabilidade Social”, explica a gerente. Desde então, a Unipar continua revisando e aprovando outros documentos, como o Código de Conduta para terceiros, Política de Compliance, entre outros.

Quando as políticas corporativas são bem divulgadas e passam a fazer parte da cultura da empresa, elas podem mitigar riscos em diversas etapas e relações com todos os parceiros de negócio, como clientes, fornecedores e investidores.

Assim, um bom programa de compliance ultrapassa o objetivo de evitar processos e multas, e se mostra cada vez mais como uma necessidade de negócio para reduzir o grau de exposição e melhorar a reputação – entre outros benefícios, como sempre basear a tomada de decisão com base em ética. 

“Para chegarmos nesse nível de governança da companhia, revisamos o Código de Conduta, elaboramos políticas específicas, como a de Anticorrupção e de Conflito de Interesses, dentre outras ações. Percebemos que o investimento em compliance é muito importante para nós e já faz parte do cerne da companhia”

Humberto Rapussi, head de Auditoria Interna, Controles Internos e Compliance da Unipar

Melhoria contínua com avaliações constantes

Após o primeiro momento de revisão, foram feitas análises e avaliações internas e externas para averiguar a maturidade de todo o Programa de Compliance. Nessa etapa, o edital anterior do Pró-Ética foi utilizado como parâmetro, por exemplo. 

Além de reconhecer publicamente as empresas que têm boas práticas, o objetivo da iniciativa é fomentar a implementação de medidas de promoção da ética e integridade e contra a corrupção, o que demonstra que seus princípios podem ser utilizados por empresas que estão passando por uma estruturação ou reestruturação.

A Unipar é um exemplo de que é possível investir em mudanças importantes e obter resultados relevantes em um tempo relativamente curto. “Foi a primeira vez que nós aplicamos para este reconhecimento da CGU e ficamos felizes que conseguimos porque entendemos que a empresa está em um momento positivo e que, mesmo com a necessidade de constante evolução, foi possível receber esse reconhecimento agora”, diz a gerente. 

Nesse sentido, o objetivo é continuar implementando melhorias no Programa, já que temas de compliance são dinâmicos. Com isso, se espera que os parâmetros de sucesso estejam sempre subindo, com mais exigência da própria companhia sobre temas de Compliance e governança. Ambição que independe do setor, porte da empresa e tamanho da cadeia.

O Pró-Ética reconhece empresas independentemente de seu porte e ramo de atuação, o que indica que todas as empresas podem e devem investir em um programa de compliance. Ou seja, estruturar e manter procedimentos internos que garantam que a organização esteja em conformidade com leis, normas e regulamentos internos e externos.

Fundada em 1969, a Unipar tem uma cadeia longa – com desafios em igual dimensão. A companhia fornece materiais para os setores de saneamento, construção civil e produz matérias-primas para todas as indústrias, entre elas têxtil, de papel e celulose, de desinfetantes, alumínio, brinquedos, sapatos, alimentos, bebidas, farmacêutica, entre outras. Atualmente, ela está presente no Brasil e na Argentina e conta com cerca de 1,4 mil colaboradores. Suas ações estão listadas na B3 desde 1971.

Evidentemente, o modo como as ações de governança serão observadas na prática muda de acordo com o setor e com o porte da empresa. Mas, em vez de obstáculos, o porte da companhia, as complexidades da cadeia e as fragilidades do setor, podem se tornar oportunidades. No caso da Unipar, que se relaciona com diferentes indústrias e fornecedores, o processo de compliance teve reflexos positivos ao longo da cadeia. 

Engajamento da alta administração e participação das pessoas

Um dos parâmetros analisados pela CGU é sobre o papel da liderança das empresas em fomentar políticas e princípios de governança. Isso corrobora com a percepção do valor estratégico que esse elemento tem para se atingir um compliance robusto. 

“A alta administração e a diretora executiva de fato estão próximas da equipe de compliance e entendem que a ética, a transparência e o respeito são temas fundamentais para a companhia crescer de forma sustentável, se perpetuar e se destacar no mercado”, afirma Clemenc Alvarez, que acompanhou essa trajetória. 

Em 2023, por exemplo, uma importante mudança aconteceu quando a área de compliance passou a responder diretamente para o maior nível de governança da empresa, o Conselho de Administração. 

“A alta administração e a diretora executiva de fato estão próximas da equipe de compliance e entendem que a ética, a transparência e o respeito são temas fundamentais para a companhia crescer de forma sustentável, se perpetuar e se destacar no mercado”

Ana Paula Clemenc Alvarez, gerente corporativa de Compliance da Unipar

O exemplo da Unipar evidencia o que parece intuitivo, mas nem sempre é comprovado na prática: as pessoas que compõem a empresa são as principais responsáveis pelo fomento de todo e qualquer programa estabelecido internamente, pois compliance é cultura. 

Nesse aspecto, é essencial que a alta administração esteja alinhada e engajada com a área de compliance – mas não só ela, já que os frutos desse trabalho intenso são coletados quando as práticas estão presentes em todas as áreas, incluindo as plantas de fábricas, no caso da indústria. 

Comunicação eficiente e adaptável à cultura organizacional

Além das leis, normas e regulamentos obrigatórios para todas as empresas, a ideia disseminada pela empresa é de que compliance acontece todo dia e está enraizado em todos os aspectos da cultura. Na prática, isso se reflete em treinamentos periódicos, campanhas específicas, workshops, avaliações internas sobre o assunto com colaboradores, além de estratégias de comunicação pensadas para o público da Unipar. 

Obviamente, gostamos de receber prêmios, mas, desde o começo, pensávamos em como isso poderia contribuir para os valores e princípios da companhia. Buscamos parâmetros para melhorar o que podemos ser e oferecer”, afirma Rapussi. Assim, a intenção é que o esforço para fortalecer o compliance na companhia seja percebido por todo colaborador e no cotidiano da Unipar. 

Isso é o que se espera de uma Companhia conectada com o momento atual.

“O mercado vê o Pró-Ética com bons olhos. Bancos, clientes e fornecedores nossos que já têm um nível de excelência em governança bem elevado, também reconhecem e esperam isso das empresas. Outros mercados também têm essa expectativa. Tínhamos metas, construímos estratégias para alcançá-las e agora estamos colhendo os frutos de tudo isso”, comemora Bruno Uchino, presidente do Conselho de Administração da Unipar. Para ele, esse é só o começo.