
O sistema de votação brasileiro é um dos mais modernos do mundo e a segurança das urnas é garantida por tecnologias de criptografia e assinatura digital.
A Justiça Eleitoral utiliza o que há de mais avançado em termos de segurança da informação para garantir a integridade e a autenticidade do processo eleitoral. No entanto, ainda há eleitores que se perguntam se a urna eletrônica é realmente segura. O sétimo episódio da série no TikTok desenvolvida pelo JOTA para combater a desinformação nas eleições explica como é feita a proteção dos votos depositados nas urnas.
O vídeo esclarece que a segurança dos votos começa na fábrica responsável por produzir as urnas, passa pelo software da urna, que é feito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela certificação de programas e também inclui a biometria do eleitor. No total, são três dezenas de etapas de segurança.
O TSE afirma que existem ‘camadas de segurança’ porque elas se sobrepõem. Há mecanismos que, se falhassem, seriam protegidos pela etapa seguinte. Por exemplo, caso alguém conseguisse roubar uma urna eletrônica e queira abri-la para trocar o software de votação por um programa pirata, primeiro essa pessoa terá de romper o lacre da urna, que é feito em papel especial, exclusivamente pela Casa da Moeda. Se a urna estiver sem o lacre, ela não pode ser usada.
E ainda assim, se essa porta de segurança fosse atravessada, o teste público de segurança, que simula uma votação nas urnas eletrônicas, identificaria o software malicioso.
Lembrando que, nestas eleições, o TSE ampliou os testes públicos de segurança, justamente para aumentar a confiabilidade das urnas. Além disso, há diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser efetuados por candidatos e coligações, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio eleitor.
Confira quais são as camadas de segurança das urnas:
- Lacres físicos da urna;
- Sistema de controle das versões;
- Testes de software por várias equipes;
- Seis meses de abertura do código fonte;
- Testes Público de Segurança;
- Cerimônia de lacração e assinatura digital;
- Cerimônia de geração de mídias, carga e lacre da urna;
- Tabela de correspondência;
- Cadeia de segurança em hardware;
- Processo de fabricação seguro;
- Projeto de hardware e software dedicados à eleição;
- Verificação de assinatura dos aplicativos de urna;
- Verificação de assinatura dos dados de eleitores e candidatos;
- Criptografia da biometria do eleitor;
- Criptografia da imagem do kernel do Linux;
- Criptografia do sistema de arquivos da urna;
- Criptografia de chaves da urna;
- Criptografia do registro geral do voto;
- Derivação de chaves da urna;
- Embaralhamento dos votos no RDV;
- Boletim de Urna impresso;
- Assinatura de software dos arquivos de resultado;
- Assinatura de hardware dos arquivos de resultado;
- Criptografia do boletim de urna;
- QR Code no boletim de urna;
- Código verificador no boletim de urna;
- Auditoria de funcionamento das urnas;
- Conferência de hash e assinatura digital;
- Conferência, no dia da eleição, da autenticidade e da integridade dos programas instalados na urna;
- Log da urna;
- Entrega do Registro Digital do Voto (RDV).
A série especial produzida pelo JOTA conta com o patrocínio do TikTok e o apoio institucional do TSE. Serão ao todo 15 vídeos publicados na plataforma digital até o final das eleições, com entrevistas e material jornalístico de cobertura.
Veja abaixo o sétimo vídeo da série sobre urnas eletrônicas:
@jotainfo Quantas camadas de segurança tem as urnas eletrônicas? Produção JOTA, patrocínio @tiktokbrasil #urnaseletronicas #eleicoes #eleicoes2022 #tse