A taxa de mulheres grávidas com HIV subiu 35% em dez anos no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam para a detecção de 3 casos por mil nascidos vivos em 2021 em relação aos 2,3 diagnosticados em 2011.
Os números foram apresentados em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, quando a pasta lançou uma campanha de prevenção ao HIV/Aids focada em jovens.
O quantitativo inclui mulheres já infectadas por HIV antes da gestação, não só aquelas que receberam o teste positivo no período.
Segundo a pasta, o salto se deve à maior realização de diagnósticos: “Fizemos um esforço enorme para conhecer e buscar aquelas gestantes que fossem HIV positivo, daí (ocorreu) esse aumento, que não é ruim. É bom, porque conhecemos essas gestantes, iniciamos a profilaxia e evitamos a transmissão vertical”, explicou o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do ministério, Gerson Pereira.
De acordo com o gestor, a meta da pasta é reduzir o contágio do HIV de mãe para filho, a chamada transmissão vertical. Isso é possível por meio do tratamento com antirretrovirais que deixam os pacientes com carga viral indetectável, ou seja, intransmissível.