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‘Paredes São de Vidro’: podcast fala sobre momento marcante para ‘exposição’ do STF

Julgamento de caso envolvendo o impeachment de Collor em 1992 trouxe mudanças para o tribunal

No passado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) eram quase desconhecidos da população e levavam uma vida discreta e relativamente tranquila, bem diferente dos tempos atuais. O segundo episódio do podcast do JOTA “Paredes São de Vidro” mostra como o julgamento do caso do impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992, provocou mudanças na Corte que duram até hoje e como a curiosidade sobre cada um dos ministros aumentou exponencialmente com a maior visibilidade do Tribunal. Nesta página, você pode se cadastrar para ser avisado dos novos episódios e receber conteúdo extra sobre o tema preparado por nossa equipe.

Naquele ano de 1992, o país que reaprendia a caminhar na democracia acompanhava atônito às denúncias de irregularidades envolvendo pessoas do círculo próximo do então presidente. Um STF ainda discreto, recluso e contido nas suas decisões foi chamado a interferir no julgamento do impeachment de Collor. Todos os olhos do país se voltaram imediatamente para os ministros da Corte que definiriam quais seriam as regras do processo.

 

Sob esse cenário, um medo se abateu sobre o então presidente do Supremo, ministro Sydney Sanches. O temor nada tinha a ver com a decisão que faria parte da história do país. A maior preocupação do magistrado era a combinação de uma multidão em polvorosa do lado de fora e paredes de vidro suscetíveis a danos ao menor sinal de pancada.

Para dissipar os manifestantes e minimizar as chances de qualquer confusão generalizada, o ministro tomou uma iniciativa inédita: pela primeira vez na sua história o Supremo transmitiria ao vivo um julgamento. Essa é uma das histórias do segundo episódio do podcast, já disponível na sua plataforma preferida de áudio (SpotifyApple e outros).

A cada semana, um novo episódio vai ao ar. O podcast, com roteiro e apresentação de Felipe Recondo, cofundador do JOTA, conta como o Supremo foi alçado a uma posição de protagonista da História atual brasileira.

“O podcast é uma história contada em quatro episódios, que envolve ministros, ex-ministros, assessores de comunicação, jornalistas e disputas que começaram na década de 1970, 1980, por mais atenção da imprensa, passando por uma tentativa, na década de 1990, de popularizar o Tribunal nos programas de auditório, chegando na década de 2000 à resistência de ministros em serem filmados no Plenário, e, agora, com esse debate sobre politização do STF e espetacularização de suas decisões”, explica Recondo.

O “Paredes São de Vidro” conta ainda com a edição e roteiro de Eduardo Gomes e é  patrocinado pelo Conselho Federal da OAB, pela Torre Comunicação e Estratégia e por Caputo Bastos e Fruet Advogados.

 

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