O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o inquérito 4874, que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas. Na decisão desta segunda-feira (27/2), o ministro levou em consideração a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento. Moraes também disponibilizou os autos à Polícia Federal.
Esta é a sexta vez que o ministro prorroga as investigações desse inquérito, aberto em julho de 2021. O inquérito 4874 foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em diferentes núcleos – político, de produção, de publicação e de financiamento -, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito no país.
A investigação foi aberta em julho de 2022. No inquérito das milícias digitais, são investigados fatos como o recebimento de valores no exterior pelo site Terça Livre, do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, e possível lavagem de dinheiro.
Ao abrir a investigação, Moraes afirmou que “há fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e politico”.