O julgamento sobre os crimes eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou nesta quinta-feira (22/6) no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o resultado já é esperado. Desde agosto de 2022, quando a ação chegou ao TSE por iniciativa do PDT, o JOTA tem alertado que Bolsonaro ficaria inelegível agora, ou no segundo semestre, caso o julgamento seja interrompido por pedido de vistas.
No campo da opinião pública, contudo, a avaliação sobre a inelegibilidade do ex-presidente é mais incerta. Dados da última pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira apontam que a condenação do ex-presidente pelos ataques às urnas eletrônicas divide opiniões: 47% são favoráveis e 43% contrários; outros 10% não opinaram sobre o tema.
A pesquisa também constatou que, para 80% dos que votaram em Lula no segundo turno, Bolsonaro deveria ser condenado pelas falas sobre fraude nas urnas; os contrários são 12%. Do outro lado, entre os eleitores do ex-presidente, apenas 13% consideram que ele deveria ser condenado e 82% são contra a condenação. Mais interessante ainda, entre quem não votou em 2022 ou preferiu não votar nem em Lula nem em Bolsonaro (branco ou nulo), a maioria (47%) é a favor da condenação. Os contrários somam 33% e 20% não opinaram.
O levantamento encomendado pela plataforma de investimentos Genial foi feito entre os dias 15 e 18 de junho. Foram entrevistados face a face 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.