Flexibilização econômica

Pandemia: restrições voltam ao radar de alguns estados

Maioria, no entanto, prossegue com a liberação. Em todo o país, servidores vacinados voltam ao trabalho presencial.

Paraná amplia toque de recolher e fecha comércio aos domingos. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A flexibilização das atividades econômicas em meio às medidas de distanciamento social voltaram a ganhar contornos diferentes entre os estados. Depois de quase um mês de reabertura gradual, os números de casos da Covid-19 em algumas localidades já reacendem o sinal de alerta e motivam os gestores a prorrogarem ou até retomarem medidas mais restritivas.

No início da semana, chamou atenção o recuo do Paraná, que retomou algumas restrições e ampliou em uma hora o período do toque de recolher.  O estado também suspendeu o funcionamento de atividades consideradas não essenciais aos domingos.

A capital Curitiba também ampliou o toque de recolher e manteve a proibição para casas de shows, qualquer tipo de evento, estabelecimentos culturais, além da suspensão de cirurgias eletivas. O comércio e o setor de serviços continuam liberados, com restrições de horários.

Em Pernambuco, também foram endurecidas as medidas de isolamento do Agreste do estado. O comércio dos municípios dessa região terá horário mais limitado e os estabelecimentos não essenciais não poderão abrir aos fins de semana pelo menos até 31 de maio. Segundo o governo pernambucano, a situação epidemiológica no Agreste está no limite.

Enquanto isso, em São Paulo, foi anunciada a extensão da chamada fase de transição em todo o estado, com ampliação do horário do comércio do setor de serviços a partir de junho. No mês que vem, o governo paulista também realizará eventos-piloto de diferentes áreas de negócio em que os participantes serão monitorados com testagem por duas semanas após a realização do evento para saber a efetividade das medidas sanitárias de segurança, como o uso da máscara e distanciamento, em ambientes controlados. 

Eventos-testes também serão realizados no estado de Santa Catarina. O governo catarinense deve divulgar na próxima semana um novo modelo de protocolo para o turismo para avançar na liberação das atividades do setor, como alimentação e a área de eventos. Por enquanto, os eventos de grande porte só podem ser realizados no estado mediante decisão tripartite, entre município, secretaria estadual e a regional de saúde.

No Maranhão, os eventos testes estão sendo realizados para avaliar o nível de proteção das vacinas no estado. Apesar de ter confirmado o primeiro caso de internação de paciente infectado pela variante indiana do coronavírus, o estado não alterou as medidas de flexibilização. As atividades econômicas continuam liberadas no estado, com algumas restrições, pelo menos até 31 de maio.

Com mais da metade dos municípios em risco moderado ou alto de contaminação, o estado do Espírito Santo ampliou o horário de operação do transporte público coletivo municipal ou metropolitano e liberou totalmente o transporte intermunicipal e interestadual.

Em Minas Gerais, com exceção da macrorregião Jequitinhonha, que regrediu para onda vermelha do plano de retomada mineiro, todas as regiões do estado mantêm indicadores estáveis e permanecem nas mesmas condições de flexibilização da semana anterior.

No Rio Grande do Sul, as medidas continuam sob flexibilização, mas depois da mudança do modelo de distanciamento social e dos indicadores para liberação de atividades, pelo menos oito regiões já receberam os primeiros alertas de avanço da pandemia. Os municípios sob alerta devem apresentar plano de ação para conter o agravamento da situação epidemiológica. 

Vacinados devem voltar ao trabalho

Apesar dos números ainda elevados da pandemia em todas as regiões do país, boa parte dos órgãos públicos prosseguem na convocação dos servidores que estavam em regime de teletrabalho e que já foram imunizados com as duas doses da vacina anti Covid.

Com exceção das gestantes e puérperas, devem voltar ao trabalho presencial os funcionários do grupo de risco, com comorbidades e acima de 60 anos. A volta foi determinada em alguns órgãos nas cidades de Palmas, Cuiabá, Rio de Janeiro e estados como Amazonas e Maranhão, entre outros.

O movimento de retorno começou no início deste mês e avança por diferentes áreas da administração pública. Alguns estados, no entanto, mantiveram a opção do trabalho remoto, como no Espírito Santo.

O retorno dos servidores às atividades administrativas presenciais atinge inclusive as penitenciárias. Porém, o acesso do público externo às unidades prisionais continua controlado ou suspenso na maior parte do país.

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