O Telegram fechou nesta sexta-feira (25/3) uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater conteúdos falsos sobre eleições, especialmente sobre as urnas e a Justiça eleitoral. A plataforma assinou o termo do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral, comandado pelo Tribunal.
O aplicativo Telegram sempre foi uma preocupação entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial aqueles que ocuparam ou vão ocupar uma vaga no TSE no pré e pós eleições de 2022.
Além de ser um canal muito usado por grupos bolsonaristas que praticam a desinformação, o TSE entendia que o desinteresse da plataforma no diálogo com a Justiça eleitoral brasileira poderia desestimular as parcerias firmadas com outras plataformas, que estão demandando tempo e dinheiro no combate à desinformação.
Com a iniciativa, autoridades da Justiça eleitoral esperam que o Telegram passe a cooperar no combate à desinformação de forma geral, com maior colaboração no fornecimento de informações e moderação do conteúdo.
O programa do TSE foi criado em agosto de 2019 depois da explosão de fake news sobre o sistema eleitoral, especialmente relacionadas às urnas eletrônicas, na campanha de 2018.
Por meio dele, os parceiros do TSE se comprometem a ajudar no combate à desinformação, uma vez que contrapõe eventuais notícias falsas com notícias verdadeiras apuradas e checadas com o auxílio da imprensa profissional.
- +JOTA: TSE quer contratar empresa para ter monitoramento próprio de fake news
- +JOTA:Caso Telegram: Moraes abre inquérito para investigar vazamento de decisão
O TSE informa que, “além de contar com as principais instituições democráticas brasileiras, como a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, também fazem parte as principais plataformas de mídias sociais e de serviço de mensagens do mundo como Google, Facebook, Instagram e WhatsApp, bem como as agências de checagem de notícias, segmentos da imprensa, telecomunicações, tecnologia da informação, provedores de internet, agências de checagem e partidos políticos, entre outros”.