Boa parte do eleitorado do estado de São Paulo não conhece os pré-candidatos ao governo nas eleições de 2022. É o que aponta a pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última quinta-feira (12/5). Nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Republicanos) é desconhecido por 72% dos eleitores e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), por 73%. Ele assumiu o Palácio Bandeirantes depois que o ex-governador João Doria (PSDB), de quem era vice e por quem é apoiado, deixou o cargo para concorrer à Presidência da República.
Até mesmo Márcio França (PSB), que governou o estado entre 2018 e 2019, tem um índice que chama atenção — 36% responderam que não o conhecem. Ex-ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub (Brasil 35) é desconhecido por 82% do eleitorado. (Veja os índices na tabela ao fim da reportagem)
Líder nas pesquisas, o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é desconhecido por apenas 11% dos eleitores paulistas. Aqueles que conhecem e que disseram que não votariam no petista somam 50%. Outros 14% responderam conhecer Haddad e votar nele, enquanto que 21% sabem quem ele é e poderiam elegê-lo.
Haddad lidera as intenções de votos em todos os cenários em que seu nome foi colocado – os índices variam de 30% (quando há mais candidatos na disputa) a 39% (quando a pesquisa leva em conta apenas a candidatura do petista, de Tarcísio Freitas e de Rodrigo Garcia). Márcio França aparece em segundo nos cenários em que é mencionado como um dos pré-candidatos. (Veja os números ao fim da matéria).
A maioria dos eleitores do estado – 63% – afirmou que ainda pode mudar de voto, enquanto que 36% disseram que a escolha é definitiva.
O levantamento também questionou os eleitores sobre os apoios de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao todo, 38% afirmaram que gostariam que o vencedor da disputa para o governo de São Paulo fosse um candidato não apoiado nem pelo presidente e nem pelo petista. Na pesquisa de março, esse índice era de 41%. Outros 33% responderam preferir que um postulante ligado a Lula ganhe a corrida estadual, contra 34% do levantamento de março. Os que querem que o vencedor seja alguém ligado a Bolsonaro somam 25% – antes, eram 22%.
A pesquisa foi realizada com 1.640 eleitores entre os dias 6 e 9 de maio. A margem de erro é de 2.4 pontos percentuais. O levantamento foi protocolado na Justiça Eleitoral sob o número SP-00620/2022.