Entre os eleitores informados sobre o assunto, metade avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sai mais forte da manifestação de domingo passado (25/2) na Avenida Paulista, enquanto um quarto (26%) considera que ele sai mais fraco. Outros 14% opinam que ele não sai nem mais fraco nem mais forte. Esses resultados são da pesquisa Genial/Quaest, que entrevistou 2.000 eleitores de forma presencial de 25 a 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Veja a íntegra da pesquisa.
A análise segmentada baseada no voto de 2022 revela contrastes significativos na percepção sobre Bolsonaro após o evento de domingo. Dentre os apoiadores de Lula, apenas 20% veem Bolsonaro mais forte, enquanto 50% acreditam que ele se enfraqueceu.
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Por outro lado, entre os eleitores de Bolsonaro, 80% consideram que o ex-presidente se fortaleceu, contra apenas 3% que pensam o contrário. Além disso, entre grupos específicos como os jovens (58%), pessoas de maior renda (56%) e evangélicos (60%), a opinião predominante é de que Bolsonaro saiu fortalecido do ato.
Questionados se a manifestação foi grande, média ou pequena, 68% avaliam que foi grande, 20% pensam que foi de médio porte, enquanto apenas 6% consideram que foi pequena. A percepção sobre a magnitude do evento varia conforme o voto em 2022, mas a maioria, incluindo apoiadores de Lula (46%), eleitores de Bolsonaro (89%), e até aqueles que não votaram em nenhum dos dois (66%), concorda que a manifestação foi grande.
Entre o grupo de eleitores da cidade de São Paulo, habituados a aglomerações na Avenida Paulista, 62% veem a manifestação como “grande”. Entre os eleitores do resto do país, essa percepção sobe para 68%, um aumento de 6 pontos percentuais. Isso mostra que a visão de que a manifestação foi de grande escala é um sentimento comum entre o eleitorado brasileiro.
Prisão
Questionados sobre uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, 50% dos entrevistados acreditam que seria justo prendê-lo, enquanto 39% consideram que seria uma medida injusta. Outros 10% não souberam ou não quiseram opinar.
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Perseguição
Praticamente cinco em cada dez brasileiros (47%), acreditam que Bolsonaro teve participação em um plano de golpe, enquanto que quatro em cada dez (40%) discordam. Quanto à inelegibilidade do ex-presidente determinada pela Justiça, 51% apoiam a decisão, enquanto 40% a veem como um equívoco. Em relação à percepção de perseguição judicial, 53% dos entrevistados negam que Bolsonaro seja perseguido, contra 39% que acreditam que o ex-presidente é alvo de perseguição.