As repercussões do governo do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais seguiram a tendência do que ocorreu nas relações do presidente com os demais Poderes e até mesmo em relação à agenda econômica do ministro Paulo Guedes.
Um gráfico exclusivo do JOTA disponível gratuitamente no ebook “Risco Político 2021, do analista-chefe do JOTA em São Paulo, Fábio Zambeli, mostra como a relação de Bolsonaro com as redes teve um declínio a partir do segundo semestre de 2021, seguindo o que ocorreu com os demais índices analisados.
O gráfico abaixo mostra que a relação de Bolsonaro com as redes caiu 97 pontos de janeiro a dezembro. O cálculo foi feito com base nas variáveis do Risco Político analisadas por Fábio Zambeli ao longo de 200 dias do ano. A classificação pode ser positiva, neutra ou negativa. Para o gráfico, as classificações positivas foram consideradas como 1 ponto positivo, as neutras como 0 e as negativas como 1 ponto negativo. Caso a relação fosse sempre positiva, a variável poderia subir 200 pontos, e se fosse sempre negativa teria caído 200 pontos, por exemplo.
Diariamente, os assinantes do JOTA PRO Poder recebem alertas e panoramas políticos sobre o cenário político brasileiro e os bastidores dos Três Poderes. Com base nessa cobertura exclusiva, o JOTA criou uma retrospectiva do último ano para oferecer uma visão global de tudo que aconteceu em um dos anos mais atípicos da história recente do Brasil.
A publicação traz ainda os gráficos com as medições da relação de Bolsonaro este ano com os demais Poderes, os governadores, a agenda econômica de Paulo Guedes e no mundo. Diariamente, Zambeli fez os diagnósticos dessas áreas, e os gráficos no ebook permitem ter a visão de como foram essas relações no ano.
Conforme os índices econômicos iam perdendo ainda mais fôlego ao longo do ano, expressões da agenda econômica, como “inflação” e “gasolina” começaram a aparecer com mais intensidade nas buscas relacionadas a Bolsonaro, o que era negativo para o governo.
Em outro prisma de análise, a crise entre o Executivo e o STF se manteve em evidência no debate digital e trouxe, sobretudo, uma perspectiva negativa para o presidente. As convocações para as manifestações pró-governo de 7 de setembro e todo o estresse institucional que vinha se arrastando até ali, por exemplo, refletiu em um alto engajamento das bases bolsonaristas. Ainda assim, a reação orgânica era predominantemente ruim para o governo.
Além da cobertura da CPI da Pandemia e denúncias de possíveis negociações de propina na aquisição de vacinas, decisões favoráveis ao senador Flávio Bolsonaro no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação da “rachadinha”, passando pela aquisição de uma mansão em Brasília pelo filho do presidente, irradiaram de forma negativa nas redes.
O e-book “Risco Político 2021” permite ao leitor mergulhar nos bastidores dos Três Poderes, para compreender o “filme” da gestão de Jair Bolsonaro. Nosso trabalho consolida a movimentação das variáveis da governabilidade do ano, que monitoramos diariamente para nossos assinantes, com análise qualitativa agregada às ferramentas de dados do JOTA.
Ao longo de 2022, o Risco Político continuará ajudando o assinante do JOTA a construir as respostas para dúvidas tão essenciais para dar mais previsibilidade ao futuro do Brasil, nossa missão primordial.
Fábio Zambeli fala sobre as variáveis analisadas no e-book. Assista: