Pesquisa da consultoria MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (7/5), mostra queda na avaliação expressamente positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em maio. Segundo o levantamento, 37,4% dos entrevistados classificam a gestão de Lula como ótima ou boa, enquanto 30,5% a consideram ruim ou péssima, e 31% a avaliam como regular.
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Em janeiro, mês da última rodada da pesquisa, a taxa de avaliação positiva do governo era de 42,7%, enquanto a negativa era de 27,9%. Isso significa que a avaliação positiva caiu cinco pontos em relação à rodada anterior.
Já a aprovação pessoal de Lula no governo caiu de 55% para 50,7%, enquanto o índice de desaprovação subiu de 40% para 43,7%. Esses números indicam uma deterioração moderada na percepção dos brasileiros sobre a gestão do país sob Lula, com um aumento de 10% na desaprovação em quatro meses.
Veja os principais destaques
Razões para a desaprovação de Lula: Entre os eleitores que deixaram de aprovar a atuação de Lula no governo, a principal causa citada é a percepção de que o presidente faz uma má gestão, mencionada por 16,3%, seguida pela corrupção, com 16%. As razões econômicas, como a situação da economia, o desemprego e os preços altos, são citadas por 12,8%. Decisões e atuação ruins são mencionadas por 10,9%, enquanto promessas não cumpridas são apontadas por 8,9%.
Índices são melhores do que de Bolsonaro: Comparando os números do mesmo período. Em maio de 2020, segundo ano do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 32% consideravam o governo ótimo ou bom, e 43%, como ruim ou péssimo. Na comparação direta, 43% dos entrevistados avaliam que a gestão feita por Lula está melhor do que a de seu antecessor, em contraste com 32% que a consideram pior e 23% que acreditam estar em um nível semelhante.
Saidinhas: Oito em cada dez brasileiros, ou 77,4%, concordam com a decisão do Congresso de proibir as saídas temporárias do sistema prisional — as chamadas “saidinhas”. Apenas 19,8% avaliam que as saidinhas devem ser mantidas.
Liberdade nas redes: 43,2% dos entrevistados revelam sentir algum receio de ter problemas com a Justiça ao postarem em redes sociais, enquanto 46% se sentem livres para postar independentemente do teor das mensagens.
Controle das redes: Predomina a percepção de que existe monitoramento das redes sociais (74,6%), e que a própria empresa dona da rede realiza o monitoramento (53,1%).
Fake news: A grande maioria ( 74,4%) concorda que deveria haver regras para impedir postagens ofensivas ou fake news. Já para 24,8%, as pessoas deveriam ser livres para escrever ou postar o que quiser em suas redes sociais.
Quem faz mais pelo Brasil: O governo federal é percebido como mais atuante do que o Congresso Nacional, com 30,4% contra 19,2%. Contudo, a maioria dos entrevistados, 54,5%, considera a relação entre eles ruim.
Desoneração: Um em cada dois brasileiros, ou 52,4%, considera ser mais importante o governo federal dar subsídios para produtos da cesta básica, a fim de reduzir os preços para os consumidores.
Sobre a pesquisa
A pesquisa, que é realizada em todo o país desde 1998, ouviu de forma presencial 2.002 eleitores com 16 anos ou mais entre os dias 1 a 4 de maio de 2024. A margem estimada de erro é de aproximadamente 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais.
No ranking de pesquisas do JOTA – realizado a partir das pesquisas eleitorais – a Pesquisa CNT/MDA obteve em primeiro lugar entre as empresas de pesquisa ao final do primeiro turno da eleição presidencial.