Simone Tebet (MDB) oficializa apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições para a presidência, contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Ela disse que não caberia se omitir, após o cenário dos últimos quatros anos de governo, com a volta do Brasil ao mapa da fome, a demora na compra de vacinas e o orçamento secreto.
“Ainda que mantenha as críticas que fiz a Lula, depositarei nele o meu voto, porque reconheço nele o compromisso com a democracia e a Constituição, o que não vejo no outro candidato”, disse ela em pronunciamento
“O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós. Votarei com a minha razão de democrata e minha consciência de brasileira. Omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública. Agora, não cabe a omissão da neutralidade”, disse ela em pronunciamento, nesta quarta-feira (5/10).
O movimento dela já era esperado desde que discursou após o fim das apurações no domingo (2/10), quando ficou em terceiro lugar na disputa.
Tebet assegura que seu apoio não será por adesão e apresentou ao candidato Lula propostas de sua campanha para serem incluídas no plano dele. Entre elas estão a garantia em lei da igualdade salarial entre homens e mulheres que executem a mesma função; a renegociação de dívidas de pessoas com nome no SPC; zerar filas de exames, consultas e cirurgias que ficaram represadas na pandemia, aumentando repasses do SUS; agricultura com foco em baixo carbono; ajudar os municípios a zerar as filas de educação infantil; programa para incentivar os jovens a concluir o ensino médio, com depósito de R$ 5 mil após a formatura; e um ministério plural com mulheres, negros e pessoas com deficiência.
A senadora, que defende o teto de gastos, também mencionou que essas e outras propostas precisam ser implementadas com responsabilidade fiscal a partir de uma legislação que preveja uma âncora fiscal.