O ano de 2020 produziu efeitos adversos para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após despencar no início do segundo trimestre do ano, a avaliação positiva do governo Bolsonaro voltou a subir em agosto, chegando ao final do ano melhor do que começou. Além do auxílio emergencial, a mudança de percepção sobre a responsabilidade do governo federal na gestão da crise segurou a popularidade do presidente.
Na média agregada das pesquisas monitoradas pelo Agregador de Popularidade, a fatia da população que classifica o trabalho do governo como positivo, ou seja, ótimo ou bom é de 37%, 3 pontos a mais do que em janeiro (34%). Já a parcela que considera o governo ruim ou péssimo (negativo) passou de 34% em janeiro para 36% em dezembro, um aumento de 2% no índice.
Entre janeiro e dezembro, o País enfrentou a pior tragédia sanitária de sua história, com mais de 181 mil mortos pelo coronavírus. Nesse período, o governo liberou um auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados, garantindo níveis recordes de avaliação positiva para o governo Bolsonaro, mesmo em regiões do país consideradas refratárias a ele, como as regiões Norte e Nordeste.
Bolsonaro foi criticado pela postura irresponsável e “delirante” em relação à crise sanitária, porém atualmente disputa a “paternidade” da imunização no país com o governador João Dória (PSDB).