A Petrobras começou a semana anunciando reajuste de 8,8% no preço do diesel, dias após o presidente Jair Bolsonaro ter feito mais uma cena sobre o tema. Embora nas últimas semanas os dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontavam defasagem em torno de 20%, a magnitude da correção de preços feita pela estatal indica que a nova gestão é mais sensível às preocupações da ala política do governo, agindo com mais suavidade.
Mas o problema continuará na mesa. O dólar é negociado acima de R$ 5,10 e o preço do petróleo continua acima de US$ 100. Se por um lado esse quadro ajuda o governo na arrecadação, por outro continua pressionando a inflação, reduzindo a renda real dos trabalhadores.
E isso pode ter consequências políticas relevantes para Bolsonaro, que quer a reeleição. A ver o que vem pelo lado fiscal, porque a empresa e o mercado certamente pressionarão o governo para fazer algo para permitir mais reajustes.