Pesquisa BTG Pactual/FSB Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21/3) mostra como está a intenção de voto de quem elegeu o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno em 2018. Dos entrevistados no levantamento, 39% votaram em Bolsonaro, 32% em Fernando Haddad (PT), 25% em branco ou nulo e 4% não souberam responder.
Entre aqueles que elegeram no presidente no segundo turno do pleito passado, 62% pretendem repetir o voto em Bolsonaro e 12% responderam que escolherão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre aqueles que votaram em Haddad no segundo turno de 2018, 78% responderam que escolherão Lula nesta eleição e 1%, Bolsonaro. Entre os que votaram em branco ou nulo no pleito passado, 47% agora declararam voto no petista, enquanto que 11% afirmaram que vão de Bolsonaro (veja o gráfico ao final da reportagem).
A pesquisa também mediu como está o nível de voto consolidado dos candidatos ao Palácio do Planalto para 2022. Dos que responderam que vão escolher Bolsonaro, 83% disseram que a decisão já está tomada e não vai mais mudar. No caso dos que votam em Lula, esse percentual é de 80%. Como a margem de erro é de dois pontos, tecnicamente, a consolidação do voto de ambos está em patamar semelhante.
PT, o partido preferido e mais rejeitado
A pesquisa questionou os entrevistados sobre os partidos de preferência deles. A maioria (76%) responderam não ter predileção por nenhuma sigla, 16% responderam PT e 2% partido do Lula. Outras siglas foram citadas por 7% (Partido do Bolsonaro; PSOL e MDB tiveram 1% cada e outras legendas tiveram citações inferiores a 1%).
O levantamento mostra que 50% dos entrevistados responderam que não rejeitam nenhum partido político, enquanto que 28% afirmaram rejeitar o PT – ou seja, a rejeição ao partido de Lula foi maior do que a predileção por ele. A rejeição ao PSOL foi de 7%, mesmo percentual do “partido de Bolsonaro”. Foram citados ainda PSDB (5%), PL (atual partido do presidente, com 4%), MDB (3%), PSL e PCdoB (2%, cada).
Telegram
A pesquisa também ouviu os entrevistados sobre o uso das redes sociais como fonte de informação sobre eleições – o mais usado com essa finalidade, por 42%, é o YouTube. O percentual dos que têm e usam o Facebook para se informar sobre a campanha é de 39%. No caso do WhatApp, esse índice é de 37%.
Na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por costumar responder às citações da Justiça e por ter ficado fora do acordo entre a Corte e outras plataformas para combater fake news, o Telegram é usado por apenas 7% dos entrevistados para se informar sobre as eleições – o percentual dos eleitores de Bolsonaro que usam o aplicativo para consumo de informação sobre a campanha é maior do que entre os votantes dos demais candidatos.
O levantamento foi feito por telefone entre os dias 18 e 20 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O registro no TSE é BR-09630/2022.
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