Fabio Graner
Analista-chefe e de economia do JOTA. Foi repórter e colunista de economia no Valor Econômico e também atuou no Estadão, DCI e Gazeta Mercantil, com mais de 20 anos de experiência, incluindo setor público. E-mail: fabio.graner@jota.info
JOTA PRO PODER
Este conteúdo integra a cobertura do JOTA PRO PODER e foi distribuído antes com exclusividade para assinantes PRO. [Conheça!](/produtos/poder?utm_source=site&utm_medium=site&utm_campaign=site-disclaimer-poder&utm_id=link-disclaimer-site)
O governo avalia aceitar pagamento parcelado ao longo dos anos da outorga da Eletrobras, mas com antecipação maior de recursos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Isso pode levar a redução maior de tarifas ao consumidor neste ano eleitoral. Depende, claro, de a privatização ser concretizada, cenário incerto após o Tribunal de Contas da União (TCU) adiar a votação para autorizar a venda para dia 18.
Uma das possibilidades é que o parcelamento da outorga seja feito em cinco anos, o que reduziria o resultado primário deste ano. Apesar de o pagamento de R$ 23,7 bilhões não estar incluído nas projeções de receitas, a efetivação significaria déficit bem menor. O pagamento total da CDE previsto é de R$ 29,7 bilhões, mas diferido pela empresa ao longo do tempo, sendo R$ 5 bilhões em 2022.
Apesar de apostar na privatização, a área econômica lamenta que o adiamento no TCU a tenha jogado para a janela de junho a agosto.