
Neste episódio, o Sem Precedentes, podcast do JOTA sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Constituição, busca entender o que motivou o ministro Alexandre de Moraes a ordenar a busca e apreensão de celulares de empresários que apoiam Jair Bolsonaro (PL). O que o ministro investiga ao determinar a quebra do sigilo bancário deles?
A Polícia Federal promoveu as buscas no início da semana e, nos próximos dias, começará a ouvir os depoimentos dos empresários. No entanto, até o momento, ninguém teve acesso aos argumentos que justificam essa operação.
Será que o ministro Alexandre de Morares se baseou inteiramente nas trocas de mensagens dos empresários em um grupo de WhatsApp, divulgadas pelo jornalista Guilherme Amado do Metrópoles? Ou haveria outros elementos para justificar essa operação?
A suspeita de que o ministro teria se baseado apenas nessas conversas de WhatsApp alimentam as críticas de que Moraes estaria exagerando nos procedimentos usados no inquérito que investiga fake news e atos antidemocráticos. Afinal, expor mensagens opiniões políticas ou críticas, por mais extravagantes que sejam, não constitui qualquer ilegalidade.
O ministro ainda não divulgou a justificativa para suas decisões, mas, antes desse ato, ele já vinha investigando a existência de um esquema de financiamento de manifestações contra as instituições democráticas. Alguns desses empresários já eram alvos dessa apuração. Se for esse o caso, as mensagens seriam apenas um elemento adicional para justificar a operação desta semana.
De quebra, o ministro acabou esbarrando em trocas de mensagens de alguns dos empresários investigados com figuras relevantes, como o procurador-geral da República, Augusto Aras, que não aprovou essa operação.
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