Em forte alta desde o início do ano, as taxas de juros reais dos títulos de longo prazo atrelados à inflação atingiram nesse mês valores recordes para o governo Bolsonaro. Os vértices com vencimentos em 2045, 2050, 2055 e 2060 estão operando acima de 6%, além do IPCA.
Algumas fontes da área econômica atribuem esse movimento dos últimos dias às incertezas fiscais geradas pela tramitação da PEC dos Auxílios.
A despeito do discurso de que o custo atual é aceitável porque há receitas extraordinárias suficientes para bancar as despesas previstas no texto, nos últimos dias houve movimentações no Congresso para aumentar esses gastos. A área econômica tem batalhado para evitar novas medidas.
Há outra ala que aponta que a alta nas taxas futuras é reflexo muito mais da conjuntura internacional, em especial das dúvidas em torno de até onde vai a política monetária americana.