Fabio Graner

Em seu primeiro discurso,<a href="https://www.jota.info/jotinhas/bolsonaro-exonera-ministro-de-minas-e-energia-e-adolfo-sachsida-assume-posto-11052022"> o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida</a>, silenciou sobre o problema dos combustíveis, tão caro para seu chefe, o presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a>, e abriu sua cartilha liberal para dar ênfase à agenda de melhoria regulatória, privatizações e à necessidade de o país aproveitar o processo de revisão das cadeias globais de produção com medidas “estruturais”, que atraiam capitais privados.
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<li>+JOTA: <a href="https://www.jota.info/tributos-e-empresas/mercado/novo-ministro-de-minas-e-energia-defende-mais-importacao-de-biodiesel-11052022">Novo ministro de Minas e Energia defende mais importação de biodiesel</a></li>
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A uma semana da votação do processo da <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/eletrobras">Eletrobras</a> pelo Tribunal de Contas da União (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/tcu">TCU</a>), disse que a venda, criticada pelas candidaturas oposicionistas ao Planalto, é fundamental para essa atração de capital internacional. E anunciou como primeiros atos como ministro pedidos para incluir no programa de privatizações a PPSA, estatal que recebe os barris do modelo de partilha de produção, e para que sejam feitos estudos para uma possível venda da Petrobras ao setor privado.
O gesto é meramente político. É virtualmente impossível vender a PPSA neste ano e, a empresa em si, nada vale, o que tem valor são os barris que são da União e na qual a estatal é meramente uma instância de passagem.
Propor a discussão de que medidas legislativas seriam necessárias para venda da <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/petrobras">Petrobras</a>, por sua vez, só serve agora para marcar diferença com a oposição, que defende uma empresa que atue para conter os preços dos combustíveis. Em meio à crescente pressão de Bolsonaro para intervir na empresa, é uma clara tentativa de mudar de assunto.
O novo ministro defendeu a aprovação do novo marco do setor elétrico e a mudança do regime de partilha nas licitações do pré-sal. E fez a propaganda usual das medidas do crédito. No discurso, foi o Sachsida de sempre. A ver como será na prática diária de ministro, na pasta que hoje carrega os maiores desafios para o governo atual e cujos temas são pedras no caminho da tentativa de reeleição de Bolsonaro.

Adolfo Sachsida 2

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JOTA

Novo ministro defendeu aprovação do novo marco do setor elétrico e mudança do regime de partilha nas licitações do pré-sal

Sachsida abre cartilha liberal, silencia sobre combustíveis e tenta mudar a pauta

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Novo ministro defendeu aprovação do novo marco do setor elétrico e mudança do regime de partilha nas licitações do pré-sal.