Guilherme Pimenta

O economista Jeferson Bittencourt, atual assessor especial do ministro Paulo Guedes, deve ser confirmado nas próximas horas como novo secretário do Tesouro Nacional. Ele substituirá Bruno Funchal, que por sua vez será o secretário especial de Fazenda da pasta, após Waldery Rodrigues ter sido demitido pelo ministro nesta manhã. A confirmação de que ele assumiria o cargo foi antecipada aos assinantes <a href="https://www.jota.info/produtos/poder">JOTA PRO Poder.</a>
Membros do ME que trabalharam com Bittencourt relataram ao JOTA um servidor de perfil discreto, agregador, técnico e de boa liderança. Aparece pouco na imprensa - quando dá entrevistas, o que é raríssimo, é somente para esclarecer questões espinhosas relacionadas às contas públicas.
<a href="https://www.jota.info/produtos/poder?utm_source=Banner%20site&amp;utm_medium=Artigos&amp;utm_campaign=CTA_Poder_materias"><img class="size-medium wp-image-292717 aligncenter" src="https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-poder.jpg" sizes="(max-width: 688px) 100vw, 688px" srcset="https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-poder.jpg?x44055 300w, https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-poder.jpg?x44055 150w, https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-poder.jpg?x44055 716w" alt="" width="688" height="688" /></a>
Jeferson Bittencourt assume o Tesouro no momento em que a política fiscal está atribulada, em um ano no qual a execução orçamentária terá dificuldades, tendo em vista o baixo nível de despesas discricionárias.
Quem o conhece relata que ele tem o mesmo perfil "fiscalista" e liberal da atual equipe do Ministério, mas seria menos dogmático do que outros ocupantes de cargos na pasta.
Funcionário de carreira do Ministério desde 2006, Bittencourt ocupou cargos na pasta, mais especificamente no Tesouro Nacional e na Secretaria de Política Econômica, durante os governos de Lula, Dilma, Michel Temer e, agora, Jair Bolsonaro.
"É desse perfil de servidor de carreira que passa por diversos governos. Como não é radical, consegue transitar em posições relevantes em governos com orientações diferentes", disse uma fonte credenciada que o conhece de perto.
No Tesouro, foi chefe de relacionamento com investidores (2006-2008) e chefe da assessoria econômica (2008-2011). Na SPE, já sob Dilma, foi coordenador-geral de política fiscal (2011-2016) e, na gestão Temer, secretário-adjunto de Política Fiscal e Tributária (2016-2019).
Mas foi no governo Bolsonaro que Jeferson Bittencourt ocupou cargos de assessoramento à cúpula da pasta: foi diretor de programas de Waldery Rodrigues na secretaria especial de Fazenda (2019-2020), chegou a ser seu adjunto no órgão (2020) e, desde junho de 2020, é assessor especial de Paulo Guedes. Ele também foi presidente do Conselho de Administração do Banco do Nordeste.
"O Jefferson pode ser desconhecido para os agentes econômicos, mas é uma pessoa relevante e respeitada dentro do Ministério", relatou uma pessoa próxima ao novo secretário.

jeferson bittencourt

https://images.jota.info/wp-content/uploads/2021/09/copy-of-jota-logo-high-cmyk.jpeg

JOTA

Técnico de carreira, Jeferson Bittencourt é respeitado por colegas e segue linha 'fiscalista' da pasta

Novo secretário do Tesouro tem perfil discreto e ocupa cargos no ME desde Lula

Técnico de carreira, Jeferson Bittencourt é respeitado por colegas e segue linha 'fiscalista' da pasta, mas não é visto como 'radical'