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CADE

Itaú/XP vão escolher entre Deloitte, E&Y ou PwC para monitorar acordo de obrigações

Uma das três empresas de auditoria será escolhida; Cade aprovou nomes

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Sede do Cade - Crédito: JOTA

O Itaú Unibanco e a XP Investimentos apresentaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) os nomes das empresas Deloitte, Ernest & Young e Price WaterhouseCoopers como sugestões de trustee para monitorar o cumprimento do Acordo em Controle de Concentrações (ACC) assinado entre as instituições. O trustee é um dos requisitos estipulados pelo órgão antitruste, que utorizou a operação de aquisição minoritária da corretora por parte do banco.

Segundo o JOTA apurou, as três empresas de auditoria estão em uma espécie de lista tríplice, que foi aprovada pelo plenário do Cade na sessão da última quarta-feira (25/4).

Em parecer, a Procuradoria Especializada do Cade (ProCade) avaliou que as três empresas "são reconhecidas no mercado e possuem amplo portfólio de atuação nos mais variados segmentos, havendo prestado serviços perante o Cade na qualidade de trustee ou de auditor externo independente em pelo menos um caso cada".

"Os trabalhos desempenhados foram considerados satisfatórios e, a princípio, suas infraestruturas são capazes de absorver e desempenhar a atividade de monitoramento do presente ACC, tal qual desenhada", conclui o parecer, assinado pelo chefe da ProCade, Walter de Agra Junior.

A escolha da empresa, segundo apurou a reportagem, será feita nos próximos dias. Caberá à empresa escolhida acompanhar os compromissos assumidos por parte da XP, que são, entre outros: mecanismos de governança corporativa que asseguram a independência de gestão dos atuais controladores da XP, mitigação dos riscos de discriminação ou fechamento de mercado resultantes do reforço de integrações verticais entre XP e Itaú, não discriminação de produtos de investimento ofertados por instituições concorrentes do Itaú e a proibição de exigir exclusividade em relação a ofertantes de produtos de investimento, para não dificultar o acesso de outras plataformas abertas a esses insumos.

Já com relação ao Itaú, a empresa vai monitorar se o banco não vai discriminar plataformas concorrentes à XP, caso decida distribuir seus produtos de investimento por plataformas abertas, a vedação ao direcionamento dos clientes Itaú para a XP, para evitar o reforço da posição dominante da empresa, a criação de um canal de denúncia online, que será operado por um auditor independente, entre outros compromissos.

Para a operação entrar em vigor, ainda falta a aprovação do Banco Central. A autoridade monetária estálogo-jota