Banner Top JOTA INFO
Trama Golpista

STF: live feita por Bolsonaro justifica citação de ex-presidente mesmo internado

Durante a transmissão, ex-mandatário avisou que há expectativa ter alta médica na próxima segunda-feira (28/4)

Flávia Maia
23/04/2025|15:14|Brasília
Atualizado em 23/04/2025 às 16:15
Live Jair Bolsonaro do Hospital
Jair Bolsonaro participa de live com os filhos do hospital. / Crédito: Reprodução/Youtube

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a citação, nesta quarta-feira (23/4), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo em que é réu por tentativa de golpe de estado no Brasil em 2022. A citação estava suspensa por causa da cirurgia de obstrução intestinal do ex-presidente, mas depois da live de terça-feira (22/4) feita pelo ex-presidente dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital DF Star, em Brasília, Moraes entendeu que Bolsonaro está apto para receber o oficial de justiça e ser citado.

Durante a transmissão ao vivo com a participação dos filhos, Bolsonaro avisou que há expectativa de retirar a sonda nasogástrica dentro dos próximos dias e de ter alta médica na próxima segunda-feira (28/4). Ainda ironizou o sorteio de um capacete feito durante a live: "Se nesse sorteio você apertar o botãozinho, sai o nome do cara no computador aí ou sai no papel?". Bolsonaro sempre defendeu o voto impresso.

Conheça o JOTA PRO Poder, plataforma de monitoramento que oferece transparência e previsibilidade para empresas

Dessa forma, segundo informações do STF, o prazo de 5 dias para a apresentação da defesa prévia de Bolsonaro será contado a partir da citação - que ocorreu na tarde desta quarta-feira (23/4), segundo informações do tribunal. Os demais réus do núcleo 1 foram intimados entre os dias 11 e 15 de abril.

Os réus são acusados dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Tornaram-se réus pelo núcleo 1: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.

Esse núcleo é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como os líderes da organização criminosa que visava manter Bolsonaro no poder.logo-jota