Márcio Falcão

O Supremo Tribunal Federal abriu 19 inquéritos para investigar políticos com foro na Corte que foram alvos de uma delação premiada na Operação Carne Fraca, que apura um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos por meio do recebimento de vantagens indevidas.
As apurações foram autorizadas por decisão da ministra Cármen Lúcia no fim de dezembro e autuadas no sistema da Corte nesta segunda-feira (15/1). Os pedidos de abertura de inquérito foram feitos pela Procuradoria Geral da República ao STF em julho do ano passado e foram direcionados ao então relator do caso, Dias Toffoli. Com a ascensão à Presidência do tribunal, Toffoli deixou os processos para que a ministra deliberasse.
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Os casos têm como como base a delação premiada do ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, que teria envolvido especialmente parlamentares do Paraná. A colaboração dele está em sigilo e foi homologada por Toffoli. Em depoimento à Justiça, Filho afirmou que tinha que fazer caixa para pagar deputado mensal e fazer caixa para pagar deputado em campanha.
Agora, a PF e a PGR vão avaliar os desdobramentos do caso. Ao final da apuração, os investigadores vão analisar os elementos e a PGR decidirá se haverá denúncia ou não no caso.

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JOTA

PGR apresentou pedidos em julho ao STF, mas apurações foram autorizadas em dezembro

STF abre 19 inquéritos a partir de delação na Operação Carne Fraca

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