Flávia Maia

O ministro <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/alexandre-de-moraes">Alexandre de Moraes</a>, do Supremo Tribunal Federal (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/stf">STF</a>) determinou à Polícia Federal que ouça, em 5 dias, Fábio Wajngarten, ex-ministro do presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a>, e Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, por tentativa de contato com a família do colaborador <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/mauro-cid">Mauro Cid</a> por meio de sua filha menor, sua esposa, Gabriela Ribeiro Cid, e a sua mãe, Agnes Barbosa Cid.
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A solicitação dos depoimentos de Wajngarten e Cunha ocorreu após a defesa de Cid enviar documentos ao STF demonstrando que Eduardo Kuntz, advogado do ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara, Wajngarten e Paulo Cunha tentaram contatos com familiares de Cid.
A defesa de Cid tenta provar que esses advogados assediaram a família do militar para ter acesso ao conteúdo da delação, seja por meio de tentativas de conversas por redes sociais e até mesmo encontros fortuitos na Hípica de São Paulo.
Moraes quer entender as abordagens aos familiares de Cid e se elas podem indicar o delito de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
O despacho ocorreu no inquérito (INQ 5005) que investiga o advogado Eduardo Kuntz e o seu cliente Marcelo Câmara, réu na ação penal da trama golpista. A investigação foi aberta após o advogado <a href="https://www.jota.info/stf/do-supremo/o-que-dizem-os-dialogos-de-cid-com-advogado-de-militar-que-foram-entregues-ao-stf">anexar no processo do Supremo áudios e conversas</a> entre ele e o colaborador, Mauro Cid, em que falavam sobre os termos da colaboração premiada.
O advogado Fábio Wajngarten enviou ao JOTA uma publicação dele em sua rede social em que diz que recebeu com “tranquilidade” a notícia sobre o depoimento na PF.
“A criminalização da advocacia é a cortina de fumaça para tentar ocultar a expressa falta de voluntariedade do réu delator Mauro Cid e a consequente nulidade da colaboração”, escreveu.
O JOTA também tentou contato com Paulo Cunha, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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JOTA

PF terá cinco dias para ouvir por Wajngarten e Paulo Cunha por tentativa de contato com a família de Mauro Cid 

Delação de Mauro Cid: Moraes determina que PF ouça Wajngarten e advogado de Bolsonaro

PF terá cinco dias para ouvir por Wajngarten e Paulo Cunha por tentativa de contato com a família de Mauro Cid