Felipe Betim

<p>A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (29/1) novos mandados de busca e apreensão para investigar a "Abin paralela" do governo <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (PL). Um de seus filhos, o vereador do município do Rio de Janeiro <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/carlos-bolsonaro">Carlos Bolsonaro</a> (Republicanos), é um dos alvos desta nova fase das investigações.</p>
<p>A operação desta segunda é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, <a href="https://www.jota.info/stf/do-supremo/moraes-sob-ramagem-abin-auxiliou-filhos-de-bolsonaro-e-espionou-promotora-do-caso-marielle-25012024">que na semana passada atingiu o ex-diretor da agência, o deputado Alexandre Ramagem</a>. A PF investiga se Carlos Bolsonaro era um dos destinatários das investigações ilegais da Abin.</p>
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<p>A PF cumpre ao todo oito mandados de busca e apreensão — cinco no Rio, um em Brasília, um em Formosa (GO) e um em Salvador. A residência e o gabinete de Carlos estão entre os destinos dos agentes federais. As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/stf">STF</a>) <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/alexandre-de-moraes">Alexandre de Moraes</a>.</p>
<p>"Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público", disse a corporação em nota.</p>
<p>Ainda segunda a PF, os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.</p>
<h3>Entenda</h3>
<p>Outros dois filhos, Flávio e Jair Renan Bolsonaro, também foram citados na última fase das investigações como possíveis favorecidos pelo esquema ilegal de espionagem. “Os policiais federais destacados, sob a direção de Alexandre Ramagem, utilizaram das ferramentas e serviços da ABIN para serviços e contrainteligência ilícitos e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo, para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro, filho do então presidente Jair Bolsonaro”, afirmou, na semana passada, o ministro do Alexandre de Moraes, na decisão que autorizou a operação.</p>
<p>“A utilização da ABIN para fins ilícitos é, novamente, apontada pela Polícia Federal e confirmada na investigação quando demonstra a preparação de relatórios para defesa do senador Flávio Bolsonaro, sob responsabilidade de Marcelo Bormevet, que ocupava o posto de chefe do Centro de Inteligência Nacional", acrescentou.</p>
<p>De acordo com as investigações, Ramagem é suspeito de usar indevidamente o software espião FirstMile para espionar cidadãos. “A Polícia Federal indica, também, que os investigados, sob as ordens de Alexandre Ramagem, utilizaram a ferramenta First Mile para monitoramento do então Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, da então deputada federal Joice Hasselman e de Roberto Bertholdo”, afirmou Moraes em um trecho de sua decisão.</p>
<p>“Em outra oportunidade, novamente, ficou patente a instrumentalização da ABIN, para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e o motorista que lhe acompanhava Anderson Gomes”, acrescentou o ministro.</p>


carlos bolsonaro abin

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JOTA

PF investiga se Carlos Bolsonaro era um dos destinatários das investigações ilegais. Alexandre de Moraes autorizou buscas

Carlos Bolsonaro é alvo da PF em operação sobre espionagem ilegal da Abin

A PF investiga se Carlos Bolsonaro era um dos destinatários das investigações ilegais da agência de espionagem