O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, nesta sexta-feira (29/6), as multas a 151 empresas pelo descumprimento da decisão que determinou a liberação das rodovias bloqueadas durante a greve dos caminhoneiros.
As multas não serão mais cobradas até que a audiência com as empresas autuadas, marcada para o dia 20 de agosto. Segundo o ministro, a imposição da multa fez com que muitas empresas autuadas pedissem audiências ao seu gabinete e, para "conferir publicidade e homogeneidade no tratamento das questões", designou audiência conjunta no auditório da 1ª Turma, a qual faz parte.
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"Até a conclusão da audiência aqui designada, suspendo os atos executivos em curso nos cumprimentos provisórios de tutela jurisdicional originados nesta ADPF, sem prejuízo do regular transcurso de prazo para apresentação de recursos e impugnações pelas empresas citadas", diz trecho da <a href="http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=5469789" target="_blank" rel="noopener">decisão</a>.
No começo de junho, Moraes atendeu o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que recorreu ao STF após ter dificuldades para executar a decisão do ministro que determinou penalidade de R$ 100 mil por hora a empresas que colocassem veículos para bloquear estradas ou permanecer em acostamentos de rodovias federais ou estaduais durante as manifestações. Na mesma decisão, o ministro autorizou, inclusive, o uso das forças de segurança para desocupar as vias.
O ministro afirmou que a multa é coerente, uma vez que os empresários descumprem uma decisão judicial. Além disso, apontou que "a gravidade da conduta adotada pelos infratores justifica a fixação da multa nos exatos valores indicados pela autora e baseados nos parâmetros definidos na tutela provisória de cautela”.

reca

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JOTA

Multas não serão cobradas de transportadoras até que a audiência conjunta, marcada para 20 de agosto, seja realizada

Alexandre de Moraes suspende multas a 151 empresas até audiência pública

Livia Scocuglia

Pela decisão do ministro, a multa não será mais cobrada até que a audiência conjunta com as empresas, marcada para o dia 20 de agosto.