Opinião e Análise

Alessandra Lenzi

A comunicação é a espinha dorsal de todas as interações humanas, moldando a maneira como nos conectamos, colaboramos e resolvemos problemas. Em um mundo cada vez mais interconectado, a habilidade de se comunicar de forma eficaz transcende barreiras culturais, linguísticas e tecnológicas, tornando-se um dos pilares mais valiosos na construção de relacionamentos pessoais e no sucesso organizacional.
Mas o que realmente define uma comunicação eficaz? Precisamos falar para diferentes públicos, e ter ciência disso permite que a comunicação seja eficiente e compreensível. A capacidade de transmitir uma mensagem de forma clara garante que o interlocutor entenda exatamente o que se pretende comunicar.
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Como podemos aprimorar essa competência em um cenário corporativo, muitas vezes complexo e com diferentes culturas? Para construirmos um ambiente saudável, onde o desempenho das atividades e a colaboração engajem na produtividade e no resultado, a comunicação eficaz é fundamental. Explicar o contexto, o formato, detalhar e direcionar para o resultado esperado permite que ocorra alinhamento e clareza. Como esperar um resultado otimizado do seu time se você não informa a ele todas as condições, ou a maior parte delas, para que o trabalho seja desenvolvido com sucesso?
Precisamos eliminar ruídos, impedir desentendimentos e acabar com a frustração de uma mensagem transmitida pela metade ou de maneira incorreta. Ainda vale salientar que a comunicação tem, como uma de suas grandes habilidades, a escuta ativa. Essa prática requer a capacidade de fazer perguntas e fomentar um ambiente estimulante e interativo para o compartilhamento. Nossas expressões e linguagens corporais transmitem ao interlocutor nosso verdadeiro interesse.
A escuta ativa é uma ferramenta de comunicação que demonstra interesse e respeito pelo outro. Envolve ouvir para entender o que alguém está dizendo, concentrando-se exclusivamente naquilo que a outra pessoa está falando, em vez de planejar qual será a sua resposta.
Percebemos os poderes que a escuta ativa tem? Ela pode trazer diversas oportunidades: melhorar os relacionamentos interpessoais, resolver conflitos, incentivar a colaboração, promover uma cultura de inovação, auxiliar no desenvolvimento de habilidades e de laços afetivos, além de aumentar a confiança entre os membros de uma equipe ou família. Além disso, a escuta ativa pode fomentar um ambiente de compreensão e empatia.
Adoraria fazer duas recomendações: uma delas é um TEDx sobre comunicação e escuta ativa, chamado “A escuta ativa e a valorização dos diferentes saberes!”, por Danielle Fazzi. O TEDx aborda como a escuta ativa pode derrubar preconceitos, conhecer e transformar realidades, promovendo uma comunicação mais eficaz e inclusiva.
A outra recomendação é o livro Escute! Como se comunicar de forma eficaz, de Dale Carnegie, que aborda a importância da escuta ativa na construção de relacionamentos mais fortes e na prevenção de conflitos. Ele oferece exemplos, técnicas e exercícios simples para melhorar suas habilidades de escuta.
Para encerrar, minha proposta a você, leitor do JOTA, é colocar em prática essa incrível ferramenta que é a escuta ativa. Uma ferramenta com a qual tive meu primeiro contato em um treinamento de liderança e que hoje faz parte da minha rotina.
Convide seu líder, seu colaborador, seu marido, sua mãe, apenas se proponha, escolha o parceiro ideal para essa primeira interação e então explore, escutando o que o outro tem a dizer. Tente, por 4 minutos, escutar sem trazer seus comentários, sem interromper e sem dispersar do momento.
Feito isso, busque questionar algo do que foi falado e pode ser explorado, e se proponha a escutar por mais 2 minutos, novamente sem interromper ou comentar o assunto que está sendo dividido com você. 
No final dessa experiência, agradeça e, então, coloque no papel ou no seu aplicativo de notas os principais pontos que conseguiu compreender. Reflita sobre a experiência e pratique mais vezes. Depois, traga uma nova conversa para a mesa e proponha melhorias, soluções, sugestões ou até mesmo compartilhe como foi a experiência de escutar ativamente o outro e o quanto isso pode somar à sua vida.

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