Etienne Jacintho

O canal Universal estreia no dia 6 de abril, às 22 horas, “Chicago Justice”, de Dick Wolf, mesmo criador das franquias “Law &amp; Order” e Chicago: “Chicago Fire” (2012), “Chicago P.D.” (2014) e “Chicago Med” (2015). Assim como suas antecessoras na franquia, “Chicago Justice” é uma série clássica, com foco nos casos e com uma pimentinha na vida pessoal de seus personagens. A cada episódio, um caso é investigado, julgado e finalizado.
Com tantas séries policiais e jurídicas que inovaram nos roteiros para criar grandes conspirações ou casos mais complexos que levam uma temporada inteira para serem desvendados, assistir a uma série como “Chicago Justice” é até um alívio. Não me entendam mal, as atrações inovadoras são muito bem-vindas. Porém, ver uma série sem aquele compromisso de não perder um só episódio para entender o contexto, é bom demais! Cada episódio tem começo, meio e fim.
A maior vantagem de “Chicago Justice”, no entanto, é a possibilidade de realizar inúmeros crossovers interessantes com suas companheiras da franquia Chicago. A série já começa bem, com uma figura conhecida do público na equipe do promotor Peter Stone (Philip Winchester). É Antonio Dawson (Jon Seda), policial que respondia ao capitão Hank Voight (Jason Beghe), de “Chicago P.D.”. Ele sai da delegacia para andar nos corredores da promotoria do condado de Cook. Ao lado de Laura Nagel (Joelle Carter), Antonio investiga agora os casos da promotoria, muitas vezes interagindo com seus ex-companheiros.
“Chicago Justice” começa bem, com um crossover com “Chicago P.D.” e também com “Chicago Fire”. A história começa lá em “Chicago Fire” (episódio 15 da 5ª temporada), quando os bombeiros são chamados para conter um incêndio numa antiga fábrica onde eram realizadas festas para adolescentes. Num capítulo dramático, Kelly Severide (Taylor Kinney) e seus companheiros tentam salvar o máximo possível de vítimas, mas não há como resgatar todos os jovens com vida. A história fica ainda mais dramática quando descobrem que Lexi, filha do investigador Al Olinsky (Elias Koteas), de “Chicago P.D.” está entre os feridos levados ao Chicago Med.
[caption id="attachment_71565" align="aligncenter" width="300"]<a href="/wp-content/uploads/2017/03/chicagofire2.jpg"><img class="wp-image-71565 size-medium" src="/wp-content/uploads/2017/03/chicagofire2-300x210.jpg" alt="" width="300" height="210" /></a> Elenco de Chicago Fire (Foto: Sandro/NBC)[/caption]
Na sequência, em “Chicago P.D.” (episódio 16 da 4ª temporada), a equipe de Voight, em luto, investiga o caso enquanto lida com a dor. A Central de Inteligência prende um rapaz pelo incêndio. O réu confessa o crime para Voight e Olinsky.
Assim, a promotoria em “Chicago Justice” (episódio de estreia) recebe o réu confesso para julgamento. O problema é que o advogado de defesa pede a anulação da confissão. O promotor Stone concorda e a confissão não é levada em consideração no julgamento, pela dúvida de que ela tenha sido coagida pelos investigadores, famosos pelo uso, às vezes, excessivo de violência. Assim, o promotor Stone tem de conseguir uma condenação somente com as provas colhidas na casa do réu e com novas evidências ou até, quem sabe, outra confissão.
[caption id="attachment_71566" align="aligncenter" width="300"]<a href="/wp-content/uploads/2017/03/chicagopd.jpg"><img class="wp-image-71566 size-medium" src="/wp-content/uploads/2017/03/chicagopd-300x169.jpg" alt="" width="300" height="169" /></a> Elenco de Chicago P.D. (Foto: Mark Seliger/NBC)[/caption]
O Universal vai exibir esses episódios de “Chicago Fire” e “Chicago P.D.” junto com a pré-estreia de “Chicago Justice” no dia 2 de abril, domingo, a partir das 20h15. 
O segundo episódio de “Chicago Justice” traz novo crossover e é um ótimo exemplo dessa interatividade entre as séries da franquia Chicago. No capítulo, Antonio se vê numa situação difícil quando a promotoria decide acusar o policial Kevin Atwater (LaRoyce Hawkins), seu antigo parceiro do departamento de polícia, de homicídio culposo. Conflitos de interesse, politicagem e, claro, justiça estão na mesa, em um debate sobre o uso da força policial na captura de criminosos.
“Chicago Justice” chega para dar novo fôlego à franquia e, quem sabe, melhorar a performance de “Chicago P.D.”, que deu uma acomodada em seus roteiros, ficando atrás de “Chicago Fire” e de “Law &amp; Order: SVU” quando se trata de criatividade e carga dramática. A ver.

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Universal lança “Chicago Justice", nova série de tribunal

Série começa com crossover com “Chicago Fire” e “Chicago P.D."