Natasha Nunes

Em um mundo cada vez mais interconectado, as empresas de telecomunicações desempenham um papel crucial como facilitadoras do acesso da população ao ambiente digital. Elas são responsáveis por fornecer a infraestrutura e os serviços necessários para que as pessoas se conectem à internet e explorem toda a variedade de inúmeros recursos online.
No âmbito da Política Nacional de Cibersegurança, as empresas têm igualmente um relevante papel de contribuir para o desenvolvimento e a adoção de camadas de segurança cibernética, buscar soluções tangíveis e implementáveis em larga escala e participar da promoção da educação e do uso consciente das ferramentas de conectividade pelas pessoas. É fundamental contar com o setor fortalecido na garantia de um ambiente digital mais seguro e confiável para todos os usuários.
A importância das operadoras nessa discussão torna-se ainda mais evidente considerando que o celular é o principal meio de acesso à internet para a maioria da população. De acordo com a <a href="https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2023/individuos/">pesquisa TIC Domicílios 2023</a>, 99% dos usuários brasileiros acessam a internet por meio de aparelhos celulares, sendo que 58% acessaram a rede exclusivamente pelo celular no ano passado. Com a crescente popularidade dos smartphones e a expansão da cobertura de redes móveis nos últimos anos, as pessoas dependem cada vez mais dessas tecnologias para realizar tarefas cotidianas, desde comunicação até transações financeiras.
Com a evolução do ambiente digital, aumentam também as ameaças online e o número de pessoas expostas a elas. Um simples vazamento de dados ou um ataque cibernético pode resultar em enormes prejuízos financeiros e danos irreparáveis à reputação. O <a href="https://cybersecurityventures.com/hackerpocalypse-cybercrime-report-2016/">relatório da Cybersecurity Ventures</a> prevê um aumento anual de 15% nos prejuízos causados por esse tipo de crime até 2025, atingindo a marca substancial de US$ 10,5 trilhões no próximo ano.
Além da conectividade, o setor de telecomunicações também contribui para a garantia da segurança cibernética dos produtos e serviços oferecidos. Os equipamentos e aplicações empregados na cadeia de telecomunicações devem ser homologados de acordo com as políticas de cibersegurança estabelecidas. Essa medida não apenas assegura a integridade das redes e dos dados transmitidos, mas também fortalece a confiança dos usuários na utilização dessas tecnologias vitais para a comunicação e o funcionamento da sociedade moderna.
Apesar de todas as medidas das empresas para prevenir estas hipóteses de ataques e vazamentos, o usuário é um elo sensível que pode fragilizar o sistema. Diante desse cenário, o setor de telecomunicações tem como um de seus pilares a conscientização e a educação da população. Uma iniciativa relevante nesse contexto é a campanha #FiqueEsperto, em vigor desde outubro de 2020. Esta iniciativa, que conta com a parceria entre governo e entidades privadas, tem como propósito informar as pessoas sobre formas de prevenir golpes no novo mundo digital em que vivemos.
A participação do setor de telecomunicações no Comitê Nacional de Cibersegurança, portanto, reflete o compromisso das empresas de contribuir ativamente para a promoção de um ambiente digital seguro e confiável para todos os brasileiros. Ao unir esforços com o governo e outras entidades, busca-se fortalecer as políticas e ações destinadas a proteger nossas redes e dados, garantindo assim um futuro digital mais resiliente e protegido contra ameaças.

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JOTA

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