Etienne Jacintho

O canal Sony estreou no dia 20 de junho a 5ª temporada de Scandal, a série de Shonda Rhimes, a criadora de Grey’s Anatomy e How to get away with murder. O novo ciclo começa com uma história inspirada na princesa Diana, de Gales, que morreu em Paris, em 1997, em um acidente de carro. Na ficção, uma princesa sofre acidente parecidíssimo e morre. É Olivia Pope (Kerry Washington) quem tenta conter a imprensa de vazar fotos da moça morta. Durante seu trabalho, ela percebe que está diante de um assassinato.
A verdade é que nada disso importa. Quem acompanha Scandal quer mesmo saber que fim levou Mellie Grant (Bellamy Young), que termina a quarta temporada sendo expulsa da Casa Branca por seu marido, o presidente dos Estados Unidos, Fitzgerald Grant (Tony Goldwyn). Este, por sua vez, quer assumir de vez seu romance com Olivia Pope. E então?
Bem, o que o público vê é um casal feliz. Fitz e Liv estão apaixonados, namorando às escondidas, mas sem sofrer a interferência de Mellie, já que Fitz deixa claro que vai se divorciar. A felicidade e tranquilidade dos pombinhos, porém, dura pouco. E, já no fim do primeiro episódio do 5º ano, o romance é descoberto, gerando um escândalo na Casa Branca. Liv, a especialista em conter escândalos, vai ter de encontrar uma maneira de conter a crise da qual ela é a pivô.
Com o escândalo da traição de Fitz, Mellie vê uma chance de voltar a ser a primeira-dama. Ilusão seria pensar que só porque ela foi eleita senadora, poderia andar com suas próprias pernas e traçar sozinha seu caminho para a presidência. Mas o que seria da série sem a antagonista? Mellie não aceita a separação e vai fazer de tudo para melar o romance de Liv e Fitz, mesmo sendo chantageada pelo presidente, que ameaça contar tudo sobre a execução de jurados inocentes. Para a missão, Mellie tem o apoio de Cyrus (Jeff Perry), que foi enxotado da Casa Branca por Fitz, após ter mantido Olivia presa no fim da 4ª temporada.
Deixando de lado o romance, a temporada promete mais suspense na equipe de Olivia. Após a execução dos jurados, Huck (Guillermo Diaz) está mal. O psicopata quer ser “consertado”, mas é difícil deixar para trás a carnificina que promoveu no fim da 4ª temporada. Abby (Darby Stanchfield), por sua vez, está enlouquecendo com seu emprego na Casa Branca e é obrigada a entrar no jogo de poder para se estabilizar. Quinn (Katie Lowes) continua fiel a Olivia, cuidando dos casos que chegam ao escritório.
E, quem achou que Jake Ballard (Scott Foley) sumiria do mapa, agora que Liv e Fitz estão juntos, enganou-se. Para a alegria da mulherada que acompanha a série, Jake está bem presente ainda na vida de Olivia e só Shonda para saber por que a protagonista prefere o presidente sem graça ao militar bonitão. Aliás, de todas as situações surreais da série, essa é a mais absurda de todas: ninguém em sã consciência trocaria Scott Foley por Tony Goldwyn. Bem, enfim, voltando ao enredo, o 5º ano trará novas dúvidas quanto ao caráter e inclinações dos personagens. Scandal flerta muito com isso. Não se sabe quem é mocinho e quem é bandido. O problema é que o enredo não é tão consistente assim para que essas manobras sejam feitas de modo crível. Até agora está sendo difícil de engolir toda a história sobre o pai de Olivia e o drama – com roteiro bem fraco, deixemos claro – está longe de terminar. Rowan Pope (Joe Morton) volta nesta temporada para manipular a filha mais uma vez. E tudo isso usando Jake. Que novidade, não? Está ficando realmente muito chata essa insistência no tal do Comando, a organização que faz qualquer coisa para defender o sistema, o governo e manter a nação com a ilusão de que tudo funciona bem. Só não dá sono porque, apesar de irreal, o roteiro traz algum suspense.
Nos Estados Unidos, a 5ª temporada de Scandal já acabou e, por aqui, o canal Sony exibe a série às segundas-feiras, às 21 horas.

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JOTA

Quem trocaria Jake Ballard pelo presidente Fitz? 

Scandal não é uma boa série, mas é difícil ficar sem ela

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