
Em relatório anexado aos autos do inquérito 4888, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disseminou, de “forma direta, voluntária e consciente” desinformações associando a vacina contra a Covid-19 e a Aids. As alegações falsas foram feitas pelo mandatário durante a transmissão ao vivo em suas redes sociais, em outubro do ano passado.
A delegada responsável pelo caso, Lorena Nascimento, pediu ao STF para indiciar Bolsonaro e o tenente Mauro Cid, que ajudou o presidente a produzir o material divulgado na live. Para a delegada, Bolsonaro e Cid praticaram incitação ao crime, conduta ilegal prevista no Código Penal, já que os dois incentivaram aos espectadores da live a descumprirem medidas sanitárias, ou seja, não tomar a vacina.
Segundo o texto da PF, as falas de Bolsonaro foram contrárias às orientações do próprio governo federal, de órgãos como a Anvisa, e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A PF pede ainda novas diligências e que o presidente Jair Bolsonaro seja ouvido pela polícia.