Leonardo Barém Leite

Todos sabemos que a tecnologia participa e participará cada vez mais das nossas vidas, e que esse impacto chegou ao nosso trabalho. No mundo corporativo jurídico, porém, como está sendo realizada essa reflexão e quais os impactos para as empresas?
Como “tudo na vida” tem prós e contras, como serão na sua empresa? Que impactos existirão no seu trabalho?
Essa reflexão e o acompanhamento (talvez passivo demais) parece já estar ocorrendo na maioria das empresas, e também nos departamentos jurídicos. Mas e no aspectos externo, o que o cliente quer?
Já temos participado de vários eventos, seminários, congressos, reuniões e palestras que abordam vários pontos e aspectos dessa questão, e a depender do que se debate de que quem expõe são apresentadas as maravilhas e os riscos, havendo os salvadores da pátria e os apocalípticos.
No campo dos escritórios de advocacia, uma das grandes dúvidas e reflexões parece estar no limite da automação. E nesse contexto, qual seria (ou será) a participação “do homem” e a “ da máquina”?
Alguns pontos da automação parecem seduzir no primeiro momento, como redução de erros, redução de tempo e redução de custos. E a redução da qualidade também pode ocorrer? Em que assuntos, momentos ou casos o indivíduo seria melhor ou pior do que a máquina?
Quem deve participar desse debate e dessa reflexão?
Que aspectos devem ser considerados? Seriam apenas os mais debatidos no momento, com o tecnologia, “modernidade”, eficiência, redução de custos.... ou deveríamos incluir mais alguns?
Quando gurus e consultores afirmam que o cliente agora quer isso ou aquilo, será que de fato sabe essa resposta?
Quantos departamentos jurídicos estão sendo de fato pesquisados e ouvidos, e que aspectos estão considerando para ajudar a estabelecer o limite humano x automático?
São mesmo muitas questões e perguntas e poucas respostas. O que não nos parece ruim.
O mundo não é movido pelas respostas, mas sim pelas perguntas, com sabemos. Assim, é preciso que consigamos identificar as questões e as perguntas “certas”.
Por exemplo, se essa questão evoluir de maneira desorganizada, como as empresas escolherão os seus escritórios jurídicos, pela marca, pelas pessoas, pela experiência e conhecimento dos sócios, pelo atendimento, pela reputação ou pelos softwares que usam?
Se você atua em departamento jurídico de empresa, já conversou internamente sobre o assunto, para tentar estabelecer os pontos que vocês querem que sejam considerados? Por exemplo, querem ter maior ou menos chances de escolher? Preferem escritórios idênticos (ou quase) à medida em que usem os mesmos “softwares e robôs”, ou preferem escolher com base em outros critérios? E os escritórios que trabalham para você sabem disso? Você pretende participar do processo ou prefere que o resultado (depois) apenas lhe seja comunicado?
Hoje se tenta classificar advogados e escritórios de advocacia com base em conhecimento, reputação, resultados, admiração.... será positivo que com o tempo se passe a avaliar apenas a qualidade de seus processos e procedimentos automatizados?
A pergunta é tão atual quanto importante, e até urgente... o que querem as empresas e os departamentos jurídicos de seus advogados e escritórios no tocante à automação e inteligência artificial? E para que os algoritmos (por exemplo) sejam estabelecidos, quem deve definir os padrões?
Caso você não esteja pensando nisso, ou participando da evolução da questão, talvez tenha que “correr” e procurar conhecer mais sobre o assunto. E, na sequencia, quais são os prós e os contras na sua opinião?
Caso a automação de fato “tome conta da advocacia”, os advogados e os escritórios externos seriam meros “robôs”? Claro que não... sabemos disso. Mas onde deve estar o limite?
Logicamente, a questão é tão nova quanto polêmica, e muitos são os aspectos, mas quem deve participar do debate? Apenas os advogados? As empresas de tecnologia e de consultoria? As equipes de TI? As equipes financeiras que sempre querem custos menores? Os escritórios externos devem definir sozinho? Baseados no que? A OAB deve definir sozinha? Quem deve participar?
Pense nisso. Pode ser importante para o seu futuro...
Ops, o futuro já chegou!
Esse é um dos vários tópicos que a moderna e estratégica gestão jurídica nas empresas vem estudando, e que tem evoluído bastante. Procure conhecer mais sobre a advocacia corporativa, seus desafios, as melhores práticas, e o que se tem feito de mais moderno no Brasil.

computação quântica

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JOTA

Quem deve participar do debate? Apenas advogados? Empresas de tecnologia e de consultoria? OAB? Equipes de TI?

O departamento jurídico e a automação jurídica

Quem deve participar do debate? Apenas advogados? Empresas de tecnologia e de consultoria? OAB? Equipes de TI?