Edson Vismona

É possível voltar a enxergar o futuro do país com esperança? Acredito que sim, mas além de esperar que o ambiente político permita, é fundamental que todos se unam em prol de um objetivo comum: melhorar o ambiente de negócios, simplificando as atividades empreendedoras e combatendo a corrupção, a ilegalidade e as fraudes são os caminhos para alcançar esse novo país.
Este combate à ilegalidade perpassa por diferentes setores da sociedade, sendo fundamental o envolvimento dos governos, entidades civis e a indústria, pois é ela que domina a expertise do setor e pode colaborar com toda a sociedade.
No Brasil, infelizmente, a ilegalidade está alcançando patamares cada vez mais elevados e “contaminando” o mercado nacional. Os malefícios variam desde as perdas bilionárias para o país com a evasão fiscal - que se traduzem em perdas de investimentos, fechamento de postos de trabalho e aumento do desemprego para nossas famílias, além de problemas de saúde pública: há diversos riscos com o uso indiscriminado de produtos contrabandeados que não têm controle das autoridades sanitárias.
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Os produtos ilegais são vendidos livremente, facilitando o acesso aos jovens, além das evidências já apontadas em diversos estudos que mostram que o crescimento do mercado ilegal está diretamente ligado ao aumento da violência e do crime organizado.  Dados recentes do FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria) mostram que o comércio ilegal aliado ao contrabando geraram um prejuízo de R$ 130 bilhões para o país só em 2016 (R$ 345 bilhões nos últimos três anos).
Temos que implantar medidas para coibir essas atividades e estimular o crescimento da indústria e comércio legais no país, que geram empregos e pagam seus impostos. É importante ressaltar que o aumento desproporcional de impostos e o controle excessivo do mercado legal de cigarros, por exemplo, contribui ainda mais para aumentar o volume contrabandeado no país.
Recentemente estabelecemos um pacto e assinamos um protocolo com o governo federal e a Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando que inclui, entre outras sugestões: o apoio técnico e operacional à execução do Plano Nacional de Fronteiras, com especial atenção às ações econômico-sociais e de fiscalização da fronteira do Brasil com o Paraguai; a implementação de ações de inteligência no combate ao contrabando; a identificação de recursos financeiros para investimentos em recursos humanos e tecnológicos e a promoção de discussões no legislativo de medidas que facilitem a execução do plano de fronteiras.
O caminho que desejamos trilhar para que este plano, defendendo o mercado legal brasileiro, avance depende de todos nós. O futuro começa agora.

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JOTA

Comércio ilegal aliado ao contrabando gerou prejuízo de R$ 130 bilhões em 2016

Escolher o caminho certo

Este texto integra a cobertura de novos temas pela equipe do JOTA. Apoiadores participam da escolha dos temas, mas não interferem na produção editorial. O texto abaixo foi patrocinado pelo Idesf em parceria que esteve em vigor entre junho e agosto de 2017.