Thais Borges

<p>Com a <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/reforma-tributaria">reforma tributária</a> em andamento, empresas de todos os setores devem se antecipar e estar se preparando, ou, no melhor dos casos, já estão a todo vapor, no processo de avaliação dos impactos da reforma nas questões fiscais, financeiras, logísticas e operacionais.</p>
<p>Diante da proposta de simplificar e modernizar o sistema tributário do país, as mudanças previstas impactam de maneira abrangente diversas áreas de uma organização, demandando uma remodelação que vai além da adequação fiscal.</p>
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<p>Neste contexto, é de extrema importância garantir que as empresas estejam em conformidade e preparadas para se antecipar aos desafios, com a dissolução de benefícios e impactos nos preços, mas também desenvolvidas para capitalizar diante das oportunidades de melhoria e otimização que a reforma pode proporcionar.</p>
<p>Até por isso, procedimentos estratégicos como a simulação de diferentes cenários durante o período de transição, investimento em tecnologia flexível e adaptável aos dois regimes tributários e a revisão operacional serão essenciais para uma transição bem-sucedida.</p>
<p>Vale ressaltar ainda que a reforma não é um desafio que deve ficar restrito à área fiscal. Como ela afeta diversas áreas da empresa, exige-se o envolvimento direto de <em>C-levels</em> em todas as frentes. Isso porque as mudanças podem desencadear a necessidade de uma reavaliação completa do portfólio de produtos e serviços, análise estratégica da concorrência, ajustes nos preços, e até mesmo a necessidade de novas negociações com fornecedores e parceiros.</p>
<p>Além disso, a redefinição da malha logística e a reestruturação de processos operacionais são essenciais para manter a eficiência e a competitividade em um cenário fiscal totalmente reformulado.</p>
<p>Por isso, a preparação deve ser ampla, envolvendo desde o planejamento estratégico até a execução em diferentes áreas do negócio. A seguir, compartilho seis ações ideais para qualquer empresa.</p>
<h3>1) Análise da nova carga tributária</h3>
<p>A primeira fase do Plano de Adequação tem como objetivo entender o impacto da reforma sobre a carga tributária atual da empresa. Isso envolve uma estimativa detalhada da tributação antes e após o novo <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/sistema-tributario">sistema tributário</a>, considerando as novas metodologias de cálculo, base de cálculo e as possibilidades de creditamento.</p>
<h3>2) Revisão da malha logística e tributária</h3>
<p>A segunda fase foca na revisão da logística e da malha tributária da empresa. A reforma pode alterar significativamente os custos relacionados ao frete, bem como as estratégias de produção e distribuição.</p>
<h3>3) Incentivos fiscais</h3>
<p>A reforma tributária traz um risco considerável de perda de incentivos fiscais que atualmente beneficiam muitas empresas. A terceira fase envolve a análise dessas perdas e a identificação de oportunidades de maximização dos incentivos até 2032.</p>
<h3>4) Saldos credores</h3>
<p>O acúmulo de saldos credores será outro ponto crítico durante a transição. Esta fase analisa os ofensores que geram o acúmulo de créditos e define estratégias para reduzir esses valores.</p>
<h3>5) Sistemas e processos</h3>
<p>A quinta fase do Plano de Adequação envolve a análise detalhada dos sistemas e processos fiscais da empresa. A reforma exigirá a revisão de sistemas de ERP e demais soluções fiscais.</p>
<h3>6) Obrigações acessórias e transição</h3>
<p>A última fase se concentra nas obrigações acessórias e no planejamento da transição para o novo regime fiscal. Isso inclui a análise de novas regras para obrigações acessórias.</p>
<p>A reforma tributária, portanto, representa um momento de grandes mudanças, mas também de oportunidades. Empresas que adotarem desde já uma visão holística e proativa das mudanças, contando, sobretudo, com a participação ativa de suas lideranças, estarão à frente nessa transição.</p>
<p>Antecipar-se aos desafios, ajustar processos e capitalizar as oportunidades são elementos-chave para o sucesso em um cenário fiscal reformulado, em que a competitividade e a eficiência serão mais que diferenciais, mas requisitos indispensáveis nos próximos anos.</p>


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JOTA

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