A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender qualquer procedimento relacionado ao impeachment, nesta terça (8), expôs uma fissura no PMDB do Congresso Nacional.
Enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversa com a presidente Dilma Rousseff e lidera a ala peemedebista pró-governo no Senado, o vice-presidente, Michel Temer, articula com seu núcleo duro na direção contrária.
Assim, seja qual for o nome do ocupante do Palácio do Planalto ao fim de 2016, ao menos uma parte do partido continuará participando do governo.
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Embora publicamente fale em “normalidade”, Temer mobilizou seus aliados mais próximos, que têm se movimentado e pedido pressa na tramitação do processo de impeachment.
Foi justamente o que ocorreu na noite de terça-feira (8/12), em encontro dos ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco com a oposição.
A outra canoa
Do outro lado do Congresso, o senador peemedebista Renan Calheiros (AL) tenta se distanciar desse processo e articula com o governo a suspensão, nos melhores moldes, do recesso parlamentar.
Regimentalmente, isso só seria possível com o aval das duas Casas. Contudo, tem sido considerado aplicar a lei 1.079, que prevê a convocação do Congresso por um terço da Câmara ou do Senado para continuar discutindo impeachment, ou, simplesmente, não votar a LDO.
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Mais do que um embate interno ou um apoio ao governo Dilma, o gesto de Renan representa um plano de sobrevida político. Caso a petista não caia, como espera a maioria do PMDB, o senador sai fortalecido no partido e no governo.
Além disso, garante ao filho, que governa Alagoas, Renan Filho, garantia de apoio federal num momento em que os estados enfrentam dificuldades financeiras. E não só: Renan é investigado na Operação Lava Jato e precisa de toda força política possível caso responda a processo no STF.
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JOTA

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