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STF nega liberdade a advogado suspeito de tentar atrapalhar a Lava Jato

Edson Ribeiro, o senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves foram presos sob a suspeita de pressionar Nestor Cerveró

Felipe Recondo
29/12/2015|20:39
Atualizado em 29/12/2015 às 19:39
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró durante acareação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, na CPMI da Petrobras (Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, negou o pedido de liberdade ao advogado Edson Ribeiro, suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e preso preventivamente por decisão do STF.

Edson Ribeiro foi denunciado juntamente com o senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, Ministério Público Federal ao Supremo.

Os três teriam tentado convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público. Filho de Cerveró, Bernardo gravou as conversas e as entregou ao MP.

No último dia 17, o relator do processo, ministro Teori Zavascki, indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Edson Ribeiro, que defendia Cerveró.

No habeas corpus impetrado no STF, Edson Ribeiro sustentou não haver necessidade da manutenção da prisão preventiva e pediu que o Supremo garantisse a ele o mesmo tratamento que foi dado ao banqueiro André Esteves, que foi solto por decisão do ministro Teori Zavascki.

A decisão do ministro Lewandowski resume-se a um parágrafo: “Bem examinados os autos, verifico não haver fundamentos suficientes neste writ para afastar as razões de indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva do ora paciente, nos autos da AC 4036/DF, cumprindo-se salientar que o plantão de recesso forense não oferece oportunidade de reapreciação de pedidos já examinados e indeferidos pelo juiz natural, diante do que dispõe o art. 13, VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Isso posto, indefiro o pedido.”

Edson Ribeiro e Delcídio do Amaral permanecem presos.

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