Felipe Recondo

Durante o processo de indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criou dificuldades e trabalhou ostensivamente por outro nome para a vaga.
Agora, o inquérito aberto contra Calheiros no STF será relatado pelo ministro Luiz Edson Fachin. No processo (INQ 2.593), o senador é investigado pela suspeita de ter contas pessoais pagas pela empreiteira Mendes Júnior.
O inquérito tramita no tribunal desde 2007 sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Como hoje é o presidente da Corte, Lewandowski deixa o processo – depois de 8 anos – para Fachin.
As suspeitas de que a construtora pagou a pensão para o filho que Calheiros teve fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso levaram o então presidente do Senado a renunciar ao cargo em 2007.
Calheiros já foi denunciado pelo Ministério Público. O STF precisa agora julgar se recebe ou não a denúncia. Se for recebida, ação penal será aberta contra o presidente do Senado.

Fachin entrevista

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JOTA

Inquérito contra presidente do Senado era relatado há oito anos por Lewandowski

Renan Calheiros nas mãos do ministro Fachin

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