O Ministério Público Federal no Distrito Federal insistiu, e reiterou, nesta quinta-feira (21/7), denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário José Carlos Bumlai, Delcídio do Amaral e outras quatro pessoas, sob a acusação de terem agido “irregularmente” para obstruir as investigações da operação Lava Jato.
O caso, que estava no Supremo Tribunal Federal, foi distribuído para a 10ª Vara Federal de Brasília, mas não foi aceita pelo juiz substituto, Ricardo Leite, que pediu a redistribuição do processo. Ele explicou que a vara é especializada em crimes financeiros e a denúncia trata de obstrução de justiça. Ainda não se sabe quem será o novo juiz.
Espera-se agora que o processo seja redistribuído a uma outra vara federal do Distrito Federal, a fim de que o juiz titular decida sobre se recebe ou não a denúncia. Em caso positivo, será aberta ação penal.
O juiz Ricardo Leite atuou na operação Zelotes, que investiga fraudes em decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).  
O caso
Em denúncia encaminhada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao STF no início do ano, Lula e Delcídio do Amaral foram acusados de tentar evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.  Eles são acusados de obstrução da Justiça.
Os outros denunciados são o banqueiro André Santos Esteves, Diogo Ferreira Rodrigues (ex-assessor de Delcídio), o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, José Carlos Bumlai e Maurício Barros Bumlai.
No entanto, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, decidiu enviar o processo à Justiça Federal de primeiro grau de Brasília, já que Delcídio Amaral teve o mandato de senador cassado, e perdeu o foro especial por prerrogativa de função.
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Ex-presidente Lula durante entrevista a tv Telesur

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JOTA

Juiz substituto da 10ª Vara pediu a redistribuição do processo

MPF reitera denúncia contra Lula por obstrução de justiça

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