Redação JOTA

O ministro Marco Aurélio Mello suspendeu audiências marcadas em processos sobre a Operação Caixa de Pandora, escândalo de corrupção no Distrito Federal que levou à prisão e à cassação do ex-governador José Roberto Arruda. Com isso, na prática, fica paralisado o andamento dessas ações. 
Marco Aurélio Mello havia concedido liminar para que Arruda tivesse acesso ao conteúdo integral da delação premiada do ex-secretário do governo do DF Durval Barbosa, que colabora com a Justiça na apuração do esquema. O ministro considerou que a defesa não foi atendida e não obteve acesso a todos os documentos. 
Arruda é réu em ação penal no caso da tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson Moraes, conhecido como Edson Sombra - uma das principais peças do quebra-cabeça da Operação Caixa de Pandora, que desmantelou o suposto esquema de corrupção no Distrito Federal em novembro de 2009. 
Os advogados do ex-governador argumentou que, sem o acesso na íntegra ao procedimento da delação, não havia como se defender adequadamente. 
Na decisão que suspendeu a realização de audiências, o ministro quer ainda ouvir integrantes do Ministério Público para entender se falta algo a ser anexado no processo. 
"A controvérsia diz respeito à completude dos documentos apresentados, concernentes aos procedimentos de delação premiada firmados por Durval Barbosa Rodrigues. Faz-se necessário elucidar o tema mediante a oitiva dos titulares dos Ministérios Públicos envolvidos", afirmou o ministro. 
Marco Aurélio pediu ainda que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja notificado do caso e que o MP do Distrito Federal esclareça "as inconsistências mencionadas por José Roberto Arruda".

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Defesa de ex-governador José Roberto Arruda não teve acesso a documentos do caso

Marco Aurelio Mello suspende audiências da Caixa de Pandora

Defesa de ex-governador José Roberto Arruda não teve acesso a documentos