Márcio Falcão

Raquel Alves

Um dia após vir a público que a delação da JBS traz implicações ao presidente Michel Temer e ao senador Aécio Neves  (PSDB-MG), a Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal deflagram nesta quinta-feira (18/5) uma nova fase da Operação Lava Jato que mira os dois políticos e aumenta a temperatura da crise política.
A ação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal tem, além dos tradicionais pedidos de busca e apreensão, os pedidos de prisão do senador, do deputado Rocha Loures (PMDB-PR),  considerado braço direito de Temer e seus afastamentos do mandato. Relator da Lava Jato, Edson Fachin não tratou da prisão em seus despachos, deixando o caso para ser analisado provavelmente pelo plenário do STF.
A PF também faz buscas nos Aécio Neves, Zezé Perrella e Rocha Loures (PMDB-PR), além de um procurador da República que atuava no Tribunal Superior Eleitoral. Ao todo, seriam mais de 30 mandados em vários Estados.
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O Supremo antecipou a nova fase da Lava Jato depois que veio à tona revelações do Jornal O Globo sobre o alcance da delação da JBS sobre Temer e Aécio, que complicaram a situação do peemedebista em meio a tentativas do governo de aprovar reformas no Congresso. 
De acordo com os delatores da JBS, Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Operação Lava Jato. O senador divulgou nota oficial em que diz estar “absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”. A busca também inclui endereços ligados a Aécio no Rio e à sua irmã, Andreia Neves. 
As buscas do TSE foram nas salas da Procuradoria Geral Eleitoral e têm como alvo o procurador Ângelo Goulart devido ao seu suposto envolvimento em irregularidades com a JBS investigada pela Operação Greenfield. Essa operação apura esquema de corrupção em fundos de pensão.  
Goulart teria negociado propina para vazar informações referentes à JBS. Ele teria repassado informações privilegiadas à JBS sobre apurações em andamento.
** Colaborou Paty Gomes

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JOTA

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