Redação JOTA
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de mais um inquérito contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Trata-se de um desdobramento de outro inquérito que corre no STF, no qual Renan foi acusado de ter as despesas de uma filha que teve fora do casamento com a jornalista Mônica Velloso pagas pela empreiteira Mendes Júnior.
O caso foi desvendado em 2007 e levou Renan Calheiros a renunciar à Presidência do Senado.
No inquérito já aberto, Renan foi denunciado pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso porque teria, conforme a PGR, recebido dinheiro ilegalmente da construtora e fraudado notas fiscais para atestar que tinha dinheiro para pagar as despesas.
Agora, Janot quer investigar se Renan cometeu crimes tributários e lavagem de dinheiro por conta do dinheiro movimentado nas contas. De acordo com informações do tribunal, a investigação já tem aproximadamente 2 mil páginas.
Renan Calheiros também é alvo de mais seis inquéritos na Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina de dinheiro desviado da Petrobras.
O relator do inquérito já aberto e do novo pedido feito pela Procuradoria contra Renan é o ministro Luiz Edson Fachin. Ele ainda terá que analisar o pedido da Procuradoria para que a apuração tenha prosseguimento, com coleta de provas.
A denúncia feita contra o senador no caso Mônica Velloso foi incluída na pauta de julgamentos do Supremo, para que o tribunal decidisse se o parlamentar seria ou não réu numa ação penal. Mas Fachin retirou o caso de pauta após pedido da defesa, que alegou que uma prova não foi coletada. O ministro argumentou que, se a denúncia fosse julgada, poderia ensejar uma nulidade no processo.
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