Bárbara Lobato

O ex-diretor da UTC Walmir Pinheiro Santana revelou, em delação premiada ao Ministério Público Federal, que acompanhou negociações para um repasse irregular de R$ 1 milhão para a campanha do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em 2010.
As tratativas, segundo Santana, eram conduzidas pelo executivo da UTC Ricardo Pessoa diretamente com políticos.
Nesta quarta-feira (24/02), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, determinou que a íntegra do acordo de delação premiada de Walmir, firmado na Operação Lava Jato, fosse aceita nos autos de inquérito que atualmente corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
<a href="https://www.jota.info/stf-anexa-delacao-em-inqueritos-sobre-mercadante-e-aloysio-nunes">+ JOTA: Leia a íntegra da decisão de Celso de Mello sobre delação</a>
Na delação, o ex-diretor da UTC aponta que Carlos Miranda teria recebido R$ 1 milhão para a campanha de reeleição de Sérgio Cabral. Investigadores da Polícia Federal apontam Miranda como Carlos Emanuel Miranda, que foi sócio de Cabral em negócios firmados no Rio de Janeiro.
O ex-diretor da UTC relata que a intenção da doação era "abrir portas”, mas geralmente Ricardo Pessoa não detalhava como se dariam estes relacionamentos do empreiteiro com políticos.
Ela Wieko, procuradora-geral da República em exercício em 12 de novembro de 2015, assinalou que os fatos referentes ao ex-governador Sérgio Cabral estão em tramite no STJ em razão de “possível envolvimento do atual governador do Rio de Janeiro”. Em novembro de 2015, quem ocupava o posto era Luiz Fernando Pezão.
Até a publicação desta matéria, o JOTA não conseguiu contato com a assessoria de comunicação ou com advogados do ex-governador Sérgio Cabral. Este texto será atualizado tão logo isso aconteça.

Cabral

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JOTA

Recursos teriam abastecido irregularmente reeleição em 2010

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