Felipe Recondo

JOTA

A discussão começou no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Levi Cançado, condenado pela Justiça de Minas Gerais a 24 anos por estupro de menores e atentado violento ao pudor, subiu à tribuna para defender o mérito de um habeas corpus que garantia sua liberdade.
Perdeu. E com a derrota, o ministro Luiz Fux suscitou uma questão de ordem: se não havia mais liminar que garantisse a liberdade do advogado, ele deveria sair do STF preso.
A tese foi rejeitada pelos ministros. Por maioria, eles entenderam que cabia à primeira instância em Minas Gerais determinar a prisão de Levi Cançado.
Quando deixava o prédio do STF, outro advogado – André Francisco Neves -, que assistiu à sessão, pegou Levi Cançado (que ainda carregava a beca) pelo pescoço e o levou, à força, aos policiais militares que estavam em torno do prédio.
A PM estava de prontidão ao redor do prédio em razão de manifestações que ocorrem hoje em Brasília. Policiais tiveram de intervir para evitar que um advogado agredisse o outro.
Os dois serão levados para a delegacia, conforme os policiais.
André Francisco Neves afirmou não ter nenhuma relação com o caso. Mas disse que mataria Levi Cançado se o crime fosse cometido contra um de seus filhos. Afirmou ainda aos policiais que Levi Cançado fugiria para evitar a prisão.
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Condenação.
O advogado Levi Cançado foi condenado a 24 anos de reclusão. Chegou a ser preso e permanecer encarcerado por 3 anos e 8 meses. Uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello garantiu a ele o direito de responder o processo em liberdade.
Nesta terça-feira, a Primeira Turma julgaria o mérito. Levi Cançado viajou de Uberaba (MG) a Brasília para sustentar em causa própria no STF. Mas sua tese foi rejeitada.
Na saída do prédio, afirmou ser inocente e que se quisesse fugir, não teria ido ao Supremo Tribunal Federal para se defender.
Assista a três vídeos sobre a confusão:
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Discussão começou no plenário da 1ª Turma

Advogado tenta prender advogado na porta do STF

Discussão começou no plenário da 1ª Turma