Redação JOTA

Mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Guiomar Mendes rebateu nesta quarta-feira (30/8) tese levantada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro de que o envio de flores pelo empresário Jacob Barata Filho ao casal reforça a necessidade de suspeição dele para atuar em casos da Operação Ponto Final.
Em carta, Guiomar disse que está enfrentando o momento mais ridículo que já vivenciou em Brasília e que há uma grande associação de fatos ridículos e que não provam nada.
“Estou em Bucareste e, em razão do fuso horário e da dificuldade de acessar à internet, fiquei sabendo agora de umas flores supostamente enviadas por Jacob Barata à minha casa. Num primeiro momento, turbinam o fato de que meu nome consta em agenda de Barata. Agora o escândalo das flores!!!! É uma grande associação de fatos ridículos e que não provam nada”, escreveu.
“Esses, os fortes fundamentos para a arguição de suspeição do Gilmar? Suspeição arguida, diga-se, porque deferido o Habeas Corpus. Volto a dizer, tivesse sido indeferido, não se falaria em suspeição”, completou.
Guiomoar disse que não lembra de ter recebido o arranjo, que teria custado R$ 200,10 segundo o Ministério Público Federal.
“É impossível recordar quantas flores já nos foram enviadas com objetivo de nos cumprimentar e, principalmente, o Gilmar em razão de uma posse, de um evento, ou de homenagem, ou de uma palestra ou entrevista, sei lá.  Já vivi momentos de graves crises nessa Brasília! Mas esse, sem dúvida, é o mais ridículo por que já passei”, disparou.
“Se os procuradores encontrassem o cartão do Barata ou dos Baratas ou um cartão meu agradecendo, me prestariam uma grande ajuda e eu teria condições de esclarecer a que propósito essas flores nos foram enviadas. Daí, quem sabe, não seria evidenciada essa intimidade que eles tanto querem estabelecer? Disse e repito: não temos e nunca tivemos proximidade com Jacob Barata. Ponto", finalizou.
Nesta segunda, a presidente do STF, Cármen Lúcia enviou ofício ao colega perguntando se tem interesse em se manifestar sobre o pedido de impedimento em casos envolvendo Jacob Barata Filho.
O empresário é um dos presos pela Ponto Final que foram soltos por habeas corpus de Gilmar. O ministro está em viagem e deve retornar ao Brasil em 7 de setembro, quando deve responder.
Segundo a Procuradoria, Gilmar foi padrinho de casamento da filha do empresário, Beatriz Barata, em 2013, com o sobrinho de Guionar.
A assessoria do ministro diz que esta situação não está configurada no caso.Mendes afirmou que não há relação íntima no caso. “Não tem suspeição alguma”, afirmou Mendes. “Vocês acham que ser padrinho de casamento impede alguém de julgar um caso? Vocês acham que isso é relação íntima como a lei diz?”, questionou.

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JOTA

É uma grande associação de fatos ridículos e que não provam nada, diz Guiomar

Mulher de Gilmar rebate tese de flores para suspeição

É uma grande associação de fatos ridículos e que não provam nada, diz Guiomar